Em Roraima, Comunidade do Truaru ganhará 50 casas

(Reportagem: Amilcar Júnior)

O programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, do Governo Federal, já atendeu este ano mais de 12 mil famílias que moram em zonas rurais no Estado.

O gerente regional da Caixa Econômica Federal (CEF), Lamarck Mangabeira, disse ontem pela manhã, durante reunião na comunidade indígena do Truaru da Cabeceira, a 60 quilômetros da Capital pela BR-174, zona rural de Boa Vista, que 12 entidades da sociedade civil organizada, já estavam habilitadas ao programa no Estado.

“Essas famílias estão sendo beneficiadas por intermédio de associações ou cooperativas, ou seja, sem a participação do poder público, dos governos estadual ou municipal. Temos também a responsabilidade de levar o programa ao homem do campo, aos quilombolas, aos índios. Em Roraima, por enquanto, serão beneficiadas oito comunidades indígenas em vários municípios”, frisou.

Das 90 famílias da comunidade do Truaru, 50 estão na expectativa de receberem suas casas do programa federal. O processo chegou à fase final e a previsão é que em até 15 dias, o mutuário assine e firme o contrato com a Caixa Econômica, segundo anunciou Lamarck.

Cada casa na comunidade do Truaru medirá 42 M2 e terá dois quartos, sala, cozinha e banheiro. Será construída toda na cerâmica, com telhas de barro e caixa d’água interna. “Uma moradia segura que vai dar mais conforto para essas famílias. E o que é mais importante, os indígenas não perderão seus costumes”, finalizou o gerente.

A Associação dos Produtores Rurais do Projeto Arco-Íris viabilizou o projeto nacional de habitação rural (PNHR) para a construção das 50 casas. O presidente da entidade, Irineu Pereira da Silva, que também participou da reunião no Truaru, informou que a entidade já contratou a empresa DMA Empreendimentos para construir as casas.

“O material de construção está chegando e amanhã [hoje] já começaremos as obras. Temos um ano para executar o serviço, mas nossa previsão é terminar em até seis meses”, ressaltou o presidente. O mutuário vai pagar 4% do valor do imóvel, que custará R$30.500,00. “Ele pagará quatro parcelas, uma por ano, de R$ 305,00”, detalhou.

O programa selecionou os indígenas, que apresentaram documentação pessoal, comprovação da terra (certidão de homologação) e o DAP (Documento de Aptidão do Produtor). Irineu ressaltou que em Roraima a associação será a primeira da sociedade civil organizada a assinar um termo de cooperação, firmando a parceria com a Caixa.

FISCALIZAÇÃO – As obras de construção das casas serão fiscalizadas por duas comissões formadas por membros da comunidade indígena e de representantes do empreendimento. “É a primeira vez em Roraima que uma entidade privada viabiliza o convênio, sem a intermediação do poder público”, ressaltou José Faustino da Silva, membro das duas comissões.

Ao microfone durante a reunião no malocão da comunidade Truaru, na manhã de ontem, o tuxaua José Pelônia Matias tirou algumas dúvidas dos parentes e agradeceu a presença dos representantes da associação, da Caixa Econômica Federal e dos convidados. Ao final da reunião, todos almoçaram.

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