Rio – Presidente dos Comitês Olímpico do Brasil (COB) e Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, saiu em defesa da história da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), em meio à crise que assola a entidade, por causa da suspeita de irregularidades em sua administração.
O dirigente destacou que as denúncias não podem ofuscar o fato de que a modalidade é um exemplo administrativo e de profissionalismo.
– O voleibol é hoje extremamente popular, um exemplo para o País de profissionalismo, de trabalho, e espero ter o voleibol retomando o seu caminho – afirmou Nuzman.
Ao defender a CBV, mas não os seus supostos desmandos, Nuzman tentou resguardar a história da entidade que comandou até que passou a gestão para o ex-presidente Ary Graça, atual mandatário da Federação Internacional de Vôlei (FIVB). É a administração de Graça e a atual à frente da entidade nacional que vêm sendo alvo de diversas suspeitas de irregularidades.
Nuzman se recusou a falar sobre a gestão de Graça e as acusações que pairam sobre ele e informou que só falaria institucionalmente e não sobre uma pessoa específica. Mas, em seguida, fez uma crítica velada à CBV, que puniu o técnico da Seleção masculina Bernardinho com dez jogos e suspensão, além de vários atletas, por causa de uma confusão ocorrida no Mundial da Polônia, neste ano.
– Foi uma surpresa grande (as punições). Não conheço o processo, mas a minha surpresa é que elas ocorreram imediatamente após as questões (denúncias) que surgiram – salientou Nuzman.
Para o presidente do Comitê Rio-2016 outra preocupação é a suspensão do contrato de patrocínio à CBV feita pelo Banco do Brasil. Nuzman revelou que espera que o problema seja solucionado rapidamente, já que o Brasil conta com pelo menos a conquista de quatro medalhas no vôlei: duas na quadra e as demais na praia.
– Com relação ao contrato do Banco do Brasil, espero que seja temporária porque o que nos preocupa é o trabalho das seleções brasileiras e o trabalho para os Jogos de 2016 porque estão em jogo quatro medalhas. E é óbvio que esse problema nos deixa preocupados – resaltou Nuzman.
Não posso prejulgar que é indubitável que o voleibol é um exemplo par o esporte brasileiro não só pelas suas conquistas como ele se reestruturou e cresceu.
O presidente do COB ainda descartou qualquer possibilidade de intervenção, neste momento, na CBV.
Fonte: Lancenet