Em Belém, espaços públicos para crianças estão abandonados

18-07belemBelém, PA – Em uma das pracinhas da avenida 25 de Setembro, quase na esquina com a travessa Humaitá, brinquedos quebrados e sem manutenção afastam as crianças que poderiam estar no playground. O local, contraditoriamente mais frequentado por adultos, é apenas um exemplo de uma realidade que se reflete em diversos pontos de Belém. Em muitos bairros da capital, não há espaços de lazer suficientes para o público infantil. E, em grande parte deles, falta cuidado adequado para garantir a diversão das crianças.

A aposentada Maria dos Anjos Lima, 67 anos, costuma levar os netos de quatro e nove anos para brincar na pracinha que fica no início da avenida Marquês de Herval, próximo à passagem Três de Maio. Para ela, Belém carece de espaços de lazer para as crianças. “Deveria ter locais mais organizados e apropriados para os meninos brincarem. Os poucos que têm são sujos, mal cuidados e perigosos”, critica.

No playground da Marquês, chamam atenção o balanço, a gangorra, alguns bancos e uma lixeira quebrados. “Esse parquinho era para ser lindo, bem cuidado, mas infelizmente os governantes não fazem nada pela gente. Às vezes, a própria população quebra porque não é consciente”, observa.

A técnica de enfermagem Áurea de Souza, 57 anos, prefere levar o filho Gabriel, de quatro anos, para brincar na Praça Batista Campos. Para ela, apesar de bonita, a praça oferece poucas opções de lazer para o público infantil. “Só tem balanço, praticamente, porque o escorrega está quebrado. São bem poucos brinquedos. Isso não é só aqui, não. Belém anda precisando de mais locais como o Horto, por exemplo, que oferece uma boa estrutura para as crianças”, comenta. Para Áurea, além do poder público, os usuários também são responsáveis pela manutenção dos playgrounds.

No Portal da Amazônia, na orla de Belém, as atrações do lugar agradam dos mais velhos aos mais novos. No entanto, basta um olhar mais atento para perceber que, em meio às quadras poliesportivas não se vê brinquedos ou playgrounds específicos para as crianças. O autônomo Edson Botelho, 27 anos, leva o filho Cleyvison, de três anos, para passear no Portal. “É uma boa opção porque é de graça e, como as crianças têm mais tempo livre, é bom para elas brincarem”, afirma. Na opinião de Edson, mais locais de lazer deveriam ser criados e os que já existem deveriam ser revitalizados. “É uma necessidade que a gente tem e que deveria ser atendida”, completa.

RESPOSTA

A Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb) informa, em nota, que possui cerca de 241 praças cadastradas, com programação para levantamento e posterior revitalização. Além disso, a secretaria informa ainda que existe um cronograma para manutenção dessas praças, inclusive a criação de novos espaços de lazer e academias ao ar livre em diversos pontos da cidade. Segundo a Seurb, a manutenção feita nos espaços públicos, entre eles as praças, é de responsabilidade de um conjunto de secretarias, cada uma no âmbito de sua missão. A Seurb, por sua vez, é responsável pela parte das obras civis, como conservação e manutenção dos equipamentos públicos e calçadas, ou seja, tudo o que demanda obras civis.

Fonte: Diário do Pará

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