Até ontem à noite, o fornecimento ainda estava suspenso e o hotel estava mantendo as atividades com a operação de geradores de energia
Manaus, AM -Em virtude de débitos com contas de energia no valor de R$ 500 mil, a Eletrobrás Distribuição Amazonas cortou ontem (30) o fornecimento de energia elétrica do Tropical Hotel Manaus, o luxuoso resort ecológico localizado na Zona Oeste da capital amazonense. A ação teria sido motivada com base em uma liminar da Justiça que foi contestada pelo estabelecimento.
O hotel, porém, acusa a concessionária de ter agido de forma arbitrária, uma vez que os trâmites do processo ainda não teriam sido concluídos.
Até ontem à noite, o fornecimento ainda estava suspenso e o hotel estava mantendo as atividades com a operação de geradores de energia. Em nota, o Tropical Hotel informou que está buscando uma solução jurídica para não prejudicar os hóspedes e nem colaboradores.
Imbróglio
A ação judicial entre a fornecedora de energia e o estabelecimento existe há meses. Segundo a rede hoteleira, a Eletrobras estava cobrando valores exorbitantes, sistematicamente, independentemente da ocupação e do consumo de energia do estabelecimento.
Devido a isso, o hotel solicitou uma revisão no medidor de energia e como não chegaram a um acordo, e o pedido não foi atendido, o Tropical ingressou com a ação judicial para tentar solucionar o problema.
Em contra partida, a concessionária de energia entrou com outra ação pedindo para que o pagamento fosse efetuado ou o corte da energia fosse executado.
Em nota, a assessoria do estabelecimento alegou que, inicialmente, a liminar foi concedida em favor do hotel e o processo estava em regular tramitação para a perícia no medidor de energia do local ser executada. Ainda conforme o Tropical, o processo encontra-se dentro do prazo para recurso, uma vez que a medida cautelar junto ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), visando cassar os efeitos da liminar anterior, teve seu pedido negado.
A administração do hotel informou ter ficado surpresa com a decisão da Justiça, visto que a medida adveio de uma sentença judicial sem julgamento do mérito e sem a conclusão da instrução do mesmo.
Disse também que “as decisões tomadas anteriormente somente poderão ser alteradas após o trânsito em julgado, o que não ocorreu até o momento. Assim, o ato da Eletrobras configura uma arbitrariedade e um desrespeito às decisões judiciais”.
A Crítica procurou a Eletrobras Distribuição Amazonas para falar sobre as acusações de arbitrariedade, mas até o fechamento da edição não obteve retorno.
Amazoninrede-AC