MANAUS – O Governo do Estado vai decretar situação de emergência para 12 municípios do Amazonas, incluindo Manaus, devido às nuvens de fumaça causadas pelas queimadas e incêndios florestais. Além disso, serão apresentadas ações emergenciais de prevenção às queimadas e incêndios.
O decreto será assinado pelo governador José Melo nesta terça-feira (13), às 9h, no auditório da sede do Governo do Amazonas, no bairro Compensa, na capital, e contará com a presença do prefeito de Manaus, Artur Neto, e dos demais prefeitos dos 11 municípios afetados pela medida.
O decreto de situação de emergência se baseia em um parecer técnico elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do Estado considerando, entre outros fatores, “os eventos climatológicos de larga escala que teve como efeito negativo a redução significativa da precipitação pluviométrica na região Amazônica”.
Entre as ações emergenciais de prevenção e controle a queimadas e incêndios florestais estão a criação de um Centro Integrado de Monitoramento Ambiental, formado pela Sema, Batalhão Ambiental, Bombeiros, Defesa Civil e prefeituras, bem como a implantação da Sala de Situação de Controle e Monitoramento Ambiental, na sede da Sema.
Recorde de focos de incêndio
A quantidade de focos de incêndios e queimadas registrados no Amazonas em 2015 bateu recorde. Este ano foram 11.439 focos, 51% a mais que ano passado, 2014, quando foram registrados 9.322 focos. Em 1998, quando houve a primeira medição, ocorreram 946 focos de incêndio.
O mês com mais incêndios
Em 2015, o mês que teve mais focos de incêndios florestais e queimadas foi setembro, com 5882 registros. Em seguida vem agosto, com 4548, e julho com 356. Entretanto, o mês de outubro também promete: só do dia 1º a 5 de outubro foram registrados 399 focos de incêndio.
Fumaça até o fim de outubro
A onda de fumaça oriunda de incêndios florestais e queimadas pode continuar encobrindo os municípios do Amazonas até o final de outubro ou início de novembro, quando começará o período chuvoso. Segundo ambientalistas, só a chuva conseguirá apagar incêndios e queimadas. ACRÍTICA ONLINE