Parintins,AM – Após mais de 7º anos em pleno funcionamento e atendendo a população de Parintins e municípios vizinhos, no baixo Amazonas, a Diocese de Parintins, por meio do diretor clínico do Hospital Padre Colombo, médico Romualdo Corrêa, em entrevista ao Repórter Parintins, na sexta-feira, 08 de abril, anunciou o encerramento das suas atividades.
O motivo da paralisação das atividades tem como justificativa o atraso no repasse de verbas do convênio com o Governo do Estado, no valor de R$ 820 mil. A verba que está atrasada há seis meses é responsável pela compra de alimentação, medicamentos e insumos da casa de saúde.
Na manhã deste sábado, 09 de abril, a direção do hospital Padre Colombo, convocou a imprensa local para uma entrevista coletiva para informar a comunidade em geral a decisão tomada na própria unidade de saúde.
De acordo com o diretor clínico do HPC, médico Romualdo Corrêa, em reunião com todo o corpo técnico e clínico, que aconteceu na semana passada, foi decidido pela paralisação das atividades.
Esperança e ultimato
Romualdo afirma que ainda há esperança em manter a unidade de saúde em funcionamento, porém foi dado um ultimato para o Governo do Estado, caso contrário o HPC encerrará as atividades.
Além do atraso no repasse da parcela do convênio do Estado com o Padre Colombo há uma dívida de R$ 230 mil com o supermercado Baranda e por causa disso a empresa resolveu suspender o fornecimento de mercadoria para a Diocese de Parintins.
O médico Romualdo Corrêa ressalta ainda que a direção do hospital enviou ofício para diversas instituições públicas informando sobre a medida.
O documento foi enviado para a Secretaria de Estado da Saúde (Susam), Prefeitura de Parintins, Promotorias Públicas e Juizado de Parintins. “Não temos condições de funcionar. O Supermercado Baranda cortou nosso rancho. Não temos medicamentos. Vamos ver se até hoje (sexta-feira) se ele [Governo do Estado] libera o recurso”, disse.
Romualdo assegura que apesar da crise financeira o quadro de profissionais está mantido com os seguintes médicos: Francisco Cardoso, Gregório, Rodolfo Garcia, Paulo Sarrazin, Nayara, Adelson Sarraf e Anne Brito.
Quanto ao quadro de funcionários comentou que estes são mantidos pela Susam. Perguntado sobre a contribuição do município afirmou que a prefeitura colabora com o repasse da verba do Sistema Único de Saúde (SUS), dinheiro para pagar o quadro de pessoal.
Em tom de desespero o diretor clínico do HPC, Romualdo Corrêa, lamenta o fechamento da unidade de saúde mantida pela Diocese de Parintins desde o ano de 1974. “Isso é ruim mesmo. Estou muito triste. Isso aqui é minha vida, mas o que fazer!”, disse.
Amaazonianarede-NilonCorreia/Reporter Parintins