Dilma: “Precisamos reduzir custo do trabalho sem diminuir emprego”

S. Paulo – A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira que o governo não está pensando em reduzir o nível de emprego, mas que tem obrigação de diminuir os custos do trabalho no país.

Dilma reiterou a necessidade do Brasil ampliar sua competitividade sem abrir mão da estabilidade econômica e das conquistas sociais, durante discurso na posse da diretoria da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

“Nós não estamos pensando em reduzir emprego, não é essa a nossa política, mas nós temos a obrigação de reduzir o custo do trabalho através de dois mecanismos”, disse a presidente.

Segundo Dilma, um desses mecanismos é a redução de impostos na folha de pagamento. O outro é uma política de formação e qualificação profissional.

“Um terceiro mecanismo também é trazer do exterior engenheiros e técnicos para trabalhar no Brasil”, acrescentou.

Em um cenário de pressão inflacionária, a presidente afirmou que a inflação está “sob controle”. Os preços medidos pelo IPCA têm permanecido em patamares elevados e o índice chegou a estourar o teto da meta do governo, de 6,5 por cento, em 12 meses.

Dilma voltou a falar sobre a importância da aprovação da Medida Provisória dos Portos, em análise no Congresso, e da destinação dos royalties provenientes da exploração do petróleo para a educação.

A presidente disse que a medida que estabelece um novo marco regulatório para o setor portuário, considerada por ela essencial para atacar um dos principais gargalos logísticos do país, vai permitir ao Brasil “acrescentar uma peça no tabuleiro de xadrez” da competitividade com os demais países.

Dilma disse que a aprovação da MP dos Portos terá impacto na logística no país, em especial porque abrirá os portos ao investidor privado.

“Isso é essencial para quebrar monopólios e garantir a eficiência da logística no país”, disse Dilma. A MP perde a validade se não for votada pelos plenários da Câmara e do Senado até dia 16 deste mês.(Agencia Reuters)

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