Demora no transporte coletivo foi a principal queixa de eleitores neste segundo turno em Manaus

Muitas paradas estavam lotadas e os eleitores reclamaram da demora
Muitas paradas estavam lotadas e os eleitores reclamaram da demora
Muitas paradas estavam lotadas e os eleitores reclamaram da demora

MANAUS – A demora nos coletivos foi alvo de reclamação dos eleitores em várias zonas de Manaus, na manhã deste domingo (30) de eleições. Além dos atrasos em diversas linhas, usuários realizaram várias denúncias de ônibus que ficaram parados nos terminais de integração e até mesmo em ruas da capital. No Terminal de Integração localizado no bairro Jorge Teixeira, Zona Leste, o T4, a média de espera variou entre 40 e 60 minutos.

O vendedor Anderson Pereira, 35, disse ter acordado cedo para votar, mas ficou irritado com a demora e a lotação nos coletivos. Para ele, o problema já era esperado, uma vez que nas eleições do primeiro turno a mesma coisa aconteceu. “Além da demora absurda, a lotação dos coletivos também está como nos dias normais, ou seja, impossível. No primeiro turno foi a mesma coisa, já imaginava que nada ia mudar”, comentou.

Além da demora e superlotação, os usuários do T4 também reclamaram da grande quantidade de veículos parados dentro do terminal. A reportagem flagrou pelo menos seis veículos parados. A dona de casa Maria Ferreira, 29, que estava com a filha de cinco meses há espera do coletivo criticou a situação. “Além do ônibus vim lotado, temos que aguentar esse abuso dos motoristas ficarem com várias linhas paradas. Eles fazem isso porque o transporte é gratuito”, reclamou.

Em uma rua por trás do cemitério Nossa Senhora Aparecida, mais conhecido como Parque Tarumã, na Avenida do Turismo, Zona Oeste, 25 ônibus da empresa Via Verde foram flagrados parados. Enquanto isso, em dois pontos de ônibus situados em frente ao cemitério, diversos usuários esperavam em pé o coletivo e reclamavam da falta de ônibus.

Foi o caso do estudante Paulo Siqueira, 20, que estava acompanhado da mãe e da esposa gravida. “Estamos aqui há quarenta minutos e ainda não passou o ônibus. Se é para ser dessa maneira eles nem deveriam anunciar a gratuidade, porque isso é desrespeito com o eleitor”, afirmou.

Na avenida Grande Circular, na Zona Leste, um ônibus também foi registrado parado próximo a uma calçada sem nenhum passageiro. As paradas de ônibus próximas ao local onde o flagrante foi feito estavam lotadas. A diarista Ivanete Souza, 36, reclamou que os ônibus estavam demorando mais de 20 minutos. “Estou esperando há mais de 20 minutos. O povo está todo aqui esperando, isso é palhaçada. Cadê as autoridades que não obrigam esses empresários a colocar ônibus na rua? ”, comentou.
O superintendente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Thiago Balbi informou que os 25 ônibus que estariam escondidos atrás do cemitério Tarumã, na Zona Oeste, na realidade estavam em um momento de intervalo no local, onde funciona o terminal de linha dos coletivos que funcionam no bairro Augusto Montenegro.

“Cerca de 60 ônibus partem desse terminal de ônibus e no horário deste flagrante, às 10h, era horário de intervalo e haviam 25 ônibus no local. Já recebemos a foto que mostra que no momento há apenas seis coletivos no local”, informou Balbi, que destacou que há, ainda, a atuação de 70 fiscais para garantir a normalidade do transporte público.

O diretor operacional do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), Azarias Carvalho, disse que de um quantitativo de 1.300 ônibus que estavam nas ruas, 400 trabalhavam em turno único e que teriam direito a um intervalo de duas horas, já que trabalharam no primeiro e no segundo turno.
“Temos que lembrar que estes trabalhadores iniciam suas atividades na madrugada, por isso o horário de almoço deles é diferente do nosso”, explicou sobre os veículos parados no Tarumã, às 10h.

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