Declaração polêmica: ‘Agora que aconteceu, tem muita viúva chorando’, diz Marun sobre incêndio no Museu Nacional

Declaração polêmica: 'Agora que aconteceu, tem muita viúva chorando', diz Marun sobre incêndio no Museu Nacional

Ministro comentou incêndio que destruiu museu. Para auxiliar de Temer, ‘está aparecendo muita viúva apaixonada, mas, na verdade, essas viúvas não amavam tanto assim o museu’.

Brasilia – O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta segunda-feira (3) avaliar que, agora que um incêndio destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, “tem muita viúva aparecendo” para lamentar o que foi perdido (veja no vídeo acima).

O incêndio começou na noite deste domingo (2) e destruiu a área interna do museu. O prédio completou 200 anos neste ano e o acervo tinha cerca de 20 milhões de itens.

Ao conceder uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira, Marun foi indagado sobre o incêndio e avaliou que “está aparecendo muita viúva apaixonada”.

“Agora que aconteceu, tem muita viúva chorando. Na televisão não vi ultimamente alguém destacando a história do museu, valorizando o museu para que ele se tornasse mais amado pela nossa população. Está aparecendo muita viúva apaixonada, mas, na verdade, essas viúvas não amavam tanto assim o museu em referência”, disse Marun.

Ao se referir ao incêndio, Marun disse ainda que a destruição do museu foi uma “fatalidade”. Questionado sobre uso deste termo, já que há relatos de dificuldades financeiras do museu, Marun afirmou que não viu reportagens sobre o museu para destacar a importância da instituição e do acervo.

Museu sofria com falta de reforma e orçamento reduzido .Menos de R$ 6 mil foram gastos em equipamentos de segurança .Verba destinada ao Museu Nacional encolhe R$ 336 mil

O ministro aproveitou a entrevista para afirmar que o Museu Nacional é administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Indagado sobre se a universidade deveria ter gerido melhor os recursos, Marun afirmou que não iria colocar a “culpa” em ninguém.

“Não vou culpar ninguém, não conheço o que a UFRJ priorizou. Só estou fazendo afirmações que condizem com a realidade, a UFRJ tem autonomia financeira e o orçamento do museu sai do orçamento da UFRJ”, disse.

Museu Nacional, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ Roberto da Silva/ Museu Nacional) Museu Nacional, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ Roberto da Silva/ Museu Nacional)

Museu Nacional, no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/ Roberto da Silva/ Museu Nacional)

O museu

O Museu Nacional foi destruído por incêndio, no Rio de Janeiro

Criado por D. João VI em 1818, o museu completou 200 anos em junho deste ano.

Logo que foi criado, serviu para atender aos interesses de promoção do progresso cultural e econômico do país.

Desde 1892, o museu ocupa um prédio histórico, o palácio de São Cristóvão, que foi doado por um comerciante ao príncipe regente D. João em 1808 e que depois tornou-se a residência oficial da família real no Brasil entre 1816 e 1821.

Segundo o Bom Dia Brasil, o Museu Nacional estava há pelo menos três anos funcionando com orçamento reduzido e a situação chegou ao ponto de o museu anunciar uma “vaquinha virtual” para arrecadar recursos.

Eventual paralisação de caminhoneiros

Em outro trecho da entrevista, Marun foi indagado sobre uma eventual nova greve dos caminhoneiros.

Neste domingo, representantes das principais entidades do setor disseram que negociam com o governo após a alta de 13% no preço do diesel anunciada pela Petrobras. As entidades se posicionaram contra uma nova greve.

“Não está, pelo menos no horizonte visível, uma nova greve dos caminhoneiros”, afirmou Marun.

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