Amazonas – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) juntamente com outras centrais sindicais e movimentos realizam um ato público pelo Dia Nacional de Paralisação no dia 29 de maio. O movimento ocorre contra as atuais propostas que têm tramitado na Câmara e no Senado Federal e que afetam diretamente os direitos dos trabalhadores.
O ato será contrário ao Projeto de Lei 4330/2015, que amplia a terceirização, inclusive da atividade-fim, e às medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso a benefícios previdenciários, seguro-desemprego, abono salarial e pensão por morte. Aqui no Amazonas a proposta de paralisação nacional será analisada e votada durante o 3º Encontro Estadual dos Servidores Públicos Federais, que acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de maio, em Presidente Figueiredo (distante 119 quilômetros de Manaus) , no Hotel Iracema, no quilômetro 114.
Promovido pelo Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Amazonas (Sindsep/AM) o encontro deverá reunir 150 servidores públicos, que no evento representam 43 municípios do Estado na condição de delegados e representantes dos vários setores, órgãos e autarquias do serviço público. Durante os três dias os servidores públicos discutirão os reflexos da crise econômica, política e institucional do Governo sobre o funcionalismo público, a exemplo do chamado Plano Levy que inclui aumento de impostos e cortes no orçamento para ajustar a economia.
Os assuntos serão abordados pelos palestrantes Edison Cardoni -representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e Júlio Turra – membro da executiva nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), entidades às quais o Sindsep-AM é filiado.
“O Plano Levi apresenta uma visão da economia assentada em juros altos sob a justificativa de combater a inflação, mas na verdade o plano aumenta os gastos com a dívida pública, beneficiando apenas o setor financeiro. É uma receita infalível para o baixo crescimento, que não deu certo em nenhum país da Europa, mas que o Brasil teima em usar”, disse diretor executivo do Sindsep-AM, Walter Matos.
No 3º Encontro Estadual os servidores também vão aprofundar as discussões sobre a campanha salarial da categoria, a reforma política e as medidas que tramitam no Congresso Nacional e impactam diretamente o servidor público: as MPs 664/2014 e 665/2014 que tornaram mais rigoroso o acesso da população a uma série de benefícios previdenciários, entre eles o seguro-desemprego, auxílio-doença e a pensão por morte.
De acordo o secretário geral do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep), Menandro Sodré, ao adotar medidas de ajuste fiscal que reduzem os direitos trabalhistas e a proteção social, a presidente Dilma Rousseff anda na contramão das promessas feitas durante a campanha de reeleição.
“Não há como justificar que o ajuste se inicie exatamente pela parcela mais vulnerável da população, já que as várias medidas de apoio e benefícios ao setor empresarial adotadas pelo próprio Governo, nos últimos anos, como redução de alíquotas de impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) e desonerações, entre outros, representaram cerca de R$ 200 bilhões a título de renúncia fiscal, ou seja, de recursos que o Tesouro Nacional deixou de receber”, concluiu Sodré.
Durante o 3º Congresso Estadual dos Servidores Públicos Federais, que acontece a cada três anos, será eleita a nova diretoria do SINDSEP-AM para o próximo triênio. Também serão eleitas as coordenações das delegacias sindicais representantes dos municípios.
Amazonianarede-Assessoria