Cultivo e venda de ostras são proibidos após toxina ser encontrada na água

No moimento o cultivo e a comercialização da ostra estão proibidos em Santa Catarina

Florianópolsi, SC  – A Secretaria da Pesca de Santa Catarina proibiu nessa quinta-feira,19, o cultivo  e a comercialização de ostras, vieiras, mexilhões e berbigões.  O anúncio foi feito após uma toxina ser encontrada na água de uma fazenda de ostras na Ilha João Cunha, no município de Porto Belo.

O governo do Estado afirma que a toxina PSP pertence ao grupo saxitoxina, pode causar diarreia, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória. Os sintomas aparecem imediatamente após consumo dos moluscos contaminados.

Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), o Estado é o maior produtor nacional de moluscos do país, respondendo por cerca de 95% da produção. Os maiores mercados consumidores são São Paulo e Rio de Janeiro.

Propagação

A toxina que pode causar paralisia generalizada e a morte se alastrou pela águas catarinenses. Técnicos do Instituto Federal de Santa Catarina confirmaram na tarde desta sexta-feira, 20, a presença em mais duas cidades do litoral.

Segundo Sérgio Winclker, oceanógrafo e gerente da Pesca e Aquicultura, posteriormente, a toxina foi encontrada no mar das cidades de Penha e Governador Celso Ramos.

“Vamos analisar diariamente e assim que os resultados derem negativos vamos liberar a comercialização. Nenhum produto será desperdiçado, pois tratam-se de organismos filtradores, capazes de fazer sua autolimpeza com o tempo”, disse.

O governo do Estado também informou que os banhistas e pescadores não correm o risco de contaminação.

Toxina não era detectada há 20 anos

A toxina chamada de PSP é produzida por algumas espécies de microalgas, que se multiplicam excessivamente a ponto de alterar a coloração da água. Se acumuladas por organismos filtradores, como os moluscosbivalves, podem causar nas pessoas que as consumirem diarreias, náuseas, vômitos, dores abdominais, perda de sensibilidade nas extremidades do corpo e, em casos severos, paralisia generalizada e óbito por falência respiratória.

De acordo com Winckler, a presença da toxina é rara e a última vez que foi detectada no mar catarinense foi em 1997.

Esta, no entanto não é a primeira vez que o cultivo de moluscos é interditado no litoral catarinense. Já houve suspensões por causa do problema, em menor intensidade, em 2007 e 2008. Em 2013, a comercialização foi proibida por causa de um vazamento do óleo ascarel no bairro Tapera, em Florianópolis.

Em 2014 e 2016, pela presença de uma toxina produzida por algas do gênero Dinophysis, que pode causar intoxicação alimentar. No ano passado, o embargo durou 114 dias.

Amazonianarede-Estadão

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