BH, MG – A Cruz de Malta, ostentada pelo Vasco em seu escudo, e as cinco estrelas do Cruzeiro do Sul, tão característica da camisa azul e branca do Cruzeiro, unem os dois clubes não só no aspecto da navegação e orientação, mas também guiam para as histórias de jogadores que já vestiram os dois tradicionais uniformes do futebol brasileiro.
Do lado cruzeirense, Fábio e Dedé, que tiveram boas passagens por São Januário. Da parte alvinegra, Galhardo, Paulão, Fabrício, Wagner e Riascos não trazem tantas boas lembranças assim.
Precisando dos três pontos para não se complicarem na disputa por duas vagas no Grupo 5 da Libertadores, Cruzeiro e Vasco se encontram nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), no Mineirão, pela segunda rodada da chave. No gramado do estádio, clubes e jogadores irão se reeencontrar.
Fábio
Jogador com mais partidas na história do Cruzeiro, bicampeão brasileiro e atual campeão da Copa do Brasil, o goleiro Fábio só voltou à Toca da Raposa em 2005, por onde havia passado em 2000, por causa das atuações com a camisa cruzmaltina. Entre 2000 e 2004, o jogador fez 150 partidas, tornando-se titular em 2002, após a saída de Helton para a Europa.
Foi campeão da Mercosul, Copa João Havelange (ambas em 2000) e o Carioca (2003). Entretanto, no fim de 2004, após ser convocado para a Seleção, passou a travar uma briga judicial contra o Vasco por causa de salários atrasados. No fim das contas, foi liberado para atuar em outro clube, vindo em troca de Alex Dias, que foi para a Colina.
Dedé
Dedé chegou ao Vasco em 2009, como uma aposta, após se destacar no Campeonato Carioca pelo Volta Redonda. No início, teve poucas chances e amargou a reserva. Sua sorte só mudou em 2010, quando virou titular absoluto e teve sequência de grandes atuações. Em 2011 teve seu auge. Foi campeão da Copa do Brasil e vice do Brasileiro.
Foi alçado ao status de ídolo da torcida e ganhou o apelido de Mito. Ao todo, foram 160 jogos e 19 gols. Chegou ao Cruzeiro em 2013, sendo comprado por R$ 14 milhões. Até hoje é tratado com muito carinho pela torcida carioca. São frequentes as especulações sobre um possível retorno ao Vasco.
Rafael Galhardo
Contratado em julho do ano passado, o lateral chegou ao Cruzeiro ainda precisando se recuperar de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito, sofrida seis meses antesaproximadamente. Atuou em apenas duas partidas e não teve o contrato prorrogado.
Fabrício
O lateral, que teve certo destaque com a camisa cruzeirense em 2015 na reta final do Brasileiro, nunca, entretanto, entrou nas graças da torcida. No ano seguinte, foi emprestado pela Raposa a Palmeiras e Atlético-PR. Com mais um ano de contrato, está ao Vasco, com o Cruzeiro bancando parte dos salários. Foram 51 jogos e um gol com a camisa cruzeirense.
Paulão
Contratado em 2013 no pacotão de reforços apresentado no começo do ano no Cruzeiro, junto com Ricardo Goulart, Everton Ribeiro e Henrique, o zagueiro foi um dos poucos daquele grupo que não conseguiu se destacar com a camisa cruzeirense. Apelidado de “Caveirão”, Paulão fez parte do e campeão brasileiro de 2013, mas, no fim do ano, deixou a Toca. Foram 17 partidas e três gols marcados.
Wagner
É entre os vascaínos quem teve mais destaque com a camisa cruzeirense. Ficou entre 2004 e 2009 na Toca da Raposa, participando de 219 jogos e marcando 36 gols. Foi três vezes campeão estadual e vice-campeão da Libertadores em 2009 com a Raposa, no Mineirão.
Em 2015, em entrevista ao Canal Fox Sports, despertou a ira da torcida cruzeirense, após dizer que a torcida do Atlético-MG era “de outro mundo”.
Riascos
Mas o mais polêmico mesmo foi o atacante colombiano. Contratado em 2015, Riascos nunca entrou nas graças da torcida azul. E, em 2016 quando o time era treinado por Paulo Bento, se envolveu em uma polêmica que lhe custou o contrato. Em entrevista à Rádio Itatiaia, após o jogo contra o Fluminense pelo Brasileiro, o atacante disse que não estava feliz e que não poderiam tirar a felicidade dele “para jogar essa m…”. Depois da fala do colombiano, o clube celeste afastou o atacante do elenco e, desde então, o jogador e Cruzeiro travaram uma “luta” na justiça.
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