Cruzeiro decepciona e está fora da Libertadores

cruzeiro ( azul) decepciona o Mineirão lotado e está fora da libertadores
cruzeiro ( azul) decepciona o Mineirão lotado e está fora da libertadores
cruzeiro ( azul) decepciona o Mineirão lotado e está fora da libertadores

Belo Horizonte – O Cruzeiro protagonizou, na noite desta quarta-feira (27), um dos capítulos mais decepcionantes de sua história. Perdido com e sem a bola, o time estrelado virou presa fácil para o River Plate ao longo dos 90 minutos do duelo de volta das quartas de final da Libertadores.

Sem resquícios de piedade, os argentinos reverteram a derrota de 1 a 0, em seus domínios, com uma apresentação inapelável no Gigante da Pampulha, ao bater a Raposa por 3 a 0.

Parecendo que eram eles que tinham a vantagem do jogo de ida, os jogadores do River Plate dominou a partida praticamente ao longo dos 90 minutos. Assim, não tiveram dificuldades de abrir o placar aos 19, com Sánchez. O gol que deu a vantagem veio aos argentinos aconteceu aos 44, com Maidana, de cabeça. No início da segunda etapa, aos 6, Teófilo Gutirréz anotou o tento que “fechou a tampa do caixão”.

Essa foi a nona vez na história que o Cruzeiro deu adeus à Copa Libetadores em seus domínios. O River, por sua vez, eliminou a Raposa pela primeira vez em seis duelos eliminatórios disputados, deixando para trás a mística do time estrelado ser a “Bestia Negra” dos argentinos.

Agora, o River aguarda o vencedor do embate entre Guaraní e Racing, que decidirão, na noite desta quinta-feira (28), em Avellaneda, quem avança às semifinais. O time paraguaio venceu a primeira partida por 1 a 0.

TERRÍVEL

Os dois últimos jogos do Cruzeiro pela Copa Libertadores inflaram o ego da torcida estrelada. Afinal, a Raposa deixou para trás problemas de entrosamento do seu conjunto e superou o São Paulo, no Mineirão, e o River, no Monumental de Núñez, muito mais na base da garra do que na técnica. Porém, o ímpeto recente, que dava a esperança de um filme com final feliz, foi esquecido no passado. O que se viu no Gigante da Pampulha foram 90 minutos de terror.

A história até que iniciou de forma favorável, como é comum em scripts desse estilo. Logo no segundo minuto, Leandro Damião resvalou de cabeça e a bola sobrou limpa para Willian. De frente para o crime, o meia-atacante não dosou a força do chute e mandou para longe, perdendo uma incrível chance.

Porém, a euforia, que ditava a tônica antes da bola rolar, foi se transformando em angústia. Quando se esperava que a Raposa crescesse em cima do adversário e o deixasse acuado, aconteceu justamente o contrário. O Cruzeiro tentou “cozinhar” o jogo, o que deu brechas para o River crescer. Com o ímpeto inflamado, os argentinos tomaram conta da partida e o gol virou questão de tempo.

Aos 19, Mora puxou contra-golpe e tocou para Teófilo Gutiérrez. O colombiano viu Sánchez passar livre e tocou em diagonal. De frente para o crime, o meia do River não perdoou e chutou com “raiva” para inaugurar o marcador. 1 a 0.

O que assustou é que o Cruzeiro, que tinha o resultado em mãos, tomou um gol em um contra-golpe infantil. Mais estranho é que a derrota momentânea não “acordou” a defesa celeste, que continuou perdida em campo. Assim, o River foi pressionando em busca de um gol que poderia lhe ser decisivo. E de tanto que martelou, foi premiado no final da primeira etapa.

Aos 44 minutos, Ponzio cobrou escanteio pela esquerda e a defesa estrelada ficou estática. Melhor para Maidana, que subiu alto para cabecear com força, sem chances para Fábio. 2 a 0 e o torcedor estrelado via, assustado, o Cruzeiro ser eliminado em seus domínios.

V exame

Se no primeiro tempo o Cruzeiro não se encontrou em campo, não seriam em 45 minutos finais, sob pressão, que conseguiria conter os ânimos. Assim como outrora, os comandados de Marcelo Oliveira jogaram de forma afoita, agindo de forma precipitada até mesmo sem bola.

O terceiro gol do River Plate, que veio no sexto minuto, traduz muito isso. Mora, mesmo no sacrifício, ganhou de cabeça e a bola sobrou limpa para Téo Gutiérrez. Bruno Rodrigo, ao invés de cercá-lo, tentou dar o bote e foi driblado de forma humilhante. De frente para o crime, o centroavante chutou cruzado para ampliar a diferença. 3 a 0.

Não tivesse o River Plate “tirado o pé”, o placar teria sido ainda mais dilatado, uma vez que o Cruzeiro continuou atacando a esmo, mostrando o desespero que pairava no Mineirão.

Pela nona vez na história o Cruzeiro perdia um duelo decisivo da Copa Libertadores em seus domínios. Porém, em nenhuma outra, a Raposa havia se mostrado tão apática quanto na noite desta quarta-feira, 27 de maio.

FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 0 X 3 RIVER PLATE

CRUZEIRO: Fábio, Mayke, Manoel, Bruno Rodrigo, Mena; Willians (Joel), Henrique, Marquinhos, Arrascaeta (Gabriel Xavier) e Willian (Alisson); Leandro Damião. TÉCNICO: Marcelo Oliveira.

 

RIVER PLATE: Barovero, Mercado (Pezzela), Jonatan Maidana, Funes Morl, Vangloni; Carlos Sánchez, Ponzío (Mayada), Kranevitter, Ariel Rojas; Rodrigo Mora e Teófilo Gutiérrez (Gonzalo Martínez). TÉCNICO: Marcelo Gallardo.

Gols: Sánchez (aos 19′) e Maidana (aos 44′ do 1º tempo); Téo Gutiérrez (aos 6′)

Data: 27 de março de 2015

Motivo: Jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores

Estádio: Mineirão

Cidade: Belo Horizonte (MG)

Árbitro: Wilmar Roldán (COL)

Auxiliares: Wilson Berrío (COL) e Alexander Guzmán (COL)

Público: 54.898 pagantes (55.951 presentes)

Renda: R$ 3.646.216

Cartões amarelos: William (Cruzeiro); Barovero e Mercado (River Plate)

Cartão vermelho: Gabriel Xavier (Cruzeiro)

 

 

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