São Paulo – Mesmo admitindo que o Corinthians está “jogando pouco”, Mano Menezes fez algo recorrente quando as coisas não andam bem: hostilizado pela torcida após o empate por 1 a 1 com o Atlético-PR, apontou o dedo na direção oposta do umbigo e culpou os volantes por não fazer a bola chegar bem aos meias. Os jogadores responsáveis por isso concederam entrevista na quinta e não contestaram a opinião do chefe.
“Não ouvi essa declaração. Mas, se ele falou, está falado. O Corinthians está mal-acostumado. Teve Elias e Paulinho, dois monstros que ganharam tudo”, afirmou Petros. “A gente tenta encarar da melhor maneira possível. Cobrança ele tem que fazer mesmo, e a gente tem que corresponder ao que ele espera”, acrescentou Bruno Henrique.
De acordo com Mano, o problema só será solucionado quando Elias estiver à disposição, após a Copa do Mundo. Na parada do Campeonato Brasileiro para a disputa do Mundial, o treinador espera integrar ao time o reforço, visto por ele como o cara para levar a bola com velocidade aos armadores.
“Acho que o Elias ganhou muita coisa aqui. Existe uma expectativa grande em torno dele. Mas, se chegar e não resolver, vai ser cobrado da mesma forma, cada passagem é uma passagem. De qualquer maneira, a gente sabe do potencial dele, está treinando muito bem. O Mano vai dar o jeito dele para montar a equipe. Se for com o Elias, comigo, com o Bruno, quem seja, o que se precisa é ter uma forma de jogar sólida”, comentou Petros.
Especificamente sobre a função de colocar a bola nos pés de Jadson e Renato Augusto, Petros usou suas responsabilidades na marcação para se defender, lembrando que precisou fazer o cerco ao lateral esquerdo do Atlético-PR, Natanael. Bruno Henrique lembrou que não vinha atuando e espera crescer com um ritmo de jogo maior.
Nos próximos três jogos, não haverá Elias. Contra o Sport, no próximo domingo, é provável que Bruno Henrique e Petros sejam novamente escalados – também é possível, mas não provável, o retorno de Guilherme. Em Pernambuco, Mano poderá botar o time para contra-atacar, algo que não era possível nas partidas em casa.
Por: Gazeta Press
