Crise no setor de duas rodas provoca suspensões no Polo Industrial de Manaus

Crise atinge o Polo de Duas Rodas, no PIM
Crise atinge o Polo de Duas Rodas, no PIM
Crise atinge o Polo de Duas Rodas, no PIM

O setor de duas rodas do Polo Industrial de Manaus (PIM) começa a sentir os impactos do retrocesso econômico que atinge o Brasil.Cerca de mil trabalhadores da empresa Yamaha Motor da Amazônia devem paralisar as atividades a partir de sexta-feira (17) até o dia 3 de maio, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal/AM).

A montadora reduziu o plano de produção anual em 12% em comparação ao obtido em 2014.

De acordo com o diretor do Sindmetal/AM, Cristóvão Trovano, a liberação dos funcionários é decorrente da redução no plano fabril.  Trovano afirma que a queda no percentual produtivo representa a diminuição do planejamento em aproximadamente 20 mil motocicletas.

Trovano também disse que cerca de 300 colaboradores que operam uma das quatro linhas produtivas existentes na fábrica foram liberados na última quinta-feira (9) e retornam aos postos de trabalho hoje, terçafeira (14).

A partir de sexta-feira (17) mil trabalhadores que atuam em outras duas linhas de montagem também serão liberados, com retorno previsto para o dia 4 de maio. O diretor salienta que as folgas serão compensadas posteriormente, com datas a serem definidas pela fábrica. “São liberações compensatórias”, afirma.

Segundo Trovano, no período entre o mês de janeiro até o dia 1º de maio está prevista a contabilização de 88 demissões. Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Yamaha informou que a empresa adotou, no mês de abril, a paralisação de sete dias úteis, em duas de suas quatro linhas de produção, em dias alternados. De acordo com a empresa, a liberação dos funcionários acontece entre os dias 9 e 30 de abril, com compensação ajustada posteriormente.

Cenário na Moto Honda

O gerente de Relações Institucionais da Moto Honda da Amazônia, Mário Okubo, confirma que o cenário é desanimador. Ele lembra que fatores como a restrição ao crédito têm contribuído para a queda nas vendas. “O cenário econômico e político não é bom. As restrições ao crédito, que acontecem desde 2012, frearam as vendas e isso afetou diretamente a produção”, explica.

Okubo também frisou que mesmo com a desaceleração econômica nacional a Honda acredita na recuperação do mercado e no modelo ZFM (Zona Franca de Manaus). “A empresa busca manter seus investimentos em tecnologia, buscando sempre a melhor qualidade e preocupação com o meio ambiente. Está difícil superar os números de 2014 mas trabalhamos para tentar aproximar aos resultados obtidos no ano passado”, avalia o gerente.

Okubo também frisou que mesmo com a desaceleração econômica nacional a Honda acredita na recuperação do mercado e no modelo ZFM (Zona Franca de Manaus). “A empresa busca manter seus investimentos em tecnologia, buscando sempre a melhor qualidade e preocupação com o meio ambiente. Está difícil superar os números de 2014 mas trabalhamos para tentar aproximar aos resultados obtidos no ano passado”, avalia o gerente.

Balanço

O setor trabalha duro para vencer a crise neste momento difícil
O setor trabalha duro para vencer a crise neste momento difícil

Informações divulgadas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) afirmam que nos três primeiros meses de 2015 foram fabricadas 360.167 motocicletas, 12,6% a menos do que o volume registrado no mesmo período de 2014 (412.173 unidades). As vendas no atacado atingiram 343.804 unidades de janeiro a março de 2015, volume 6,9% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, que havia totalizado 369.199 motocicletas.

Foram comercializadas para o mercado externo 6.351 unidades nos três primeiros meses do ano, frente a 26.619 unidades, em 2014, representando um recuo de 76,1%. No acumulado do primeiro trimestre deste ano foram emplacadas 326.960 unidades, o que representa uma queda de 10,5% em comparação com o mesmo período de 2014, que atingiu 365.306 unidades. De acordo com a Associação, o setor de duas rodas espera queda de 6,8% na produção de motocicletas este ano. No último ano foram fabricadas 1,517 milhão de motos.

Conforme a Abraciclo, foram produzidas 127,3 mil motocicletas em março, ante 110,8 mil unidades em fevereiro, correspondendo a uma evolução de 14,9%. Em comparação com março de 2014, quando a produção havia totalizado 125,3 mil unidades, a alta ficou em 1,6%, mas segundo a associação, tanto em fevereiro de 2015 como em março de 2014 ocorreram festejos de Carnaval, com menos dias úteis de comercialização de veículos.

Amazonianarede-Jornal do Commércio

 

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