Amazonas – Devido a retração do mercado provocada pela crise econômica que assola o país, atingindo o Polo de duas rodas, no PIM a Moto Honda da Amazônia instituiu um Programa de Demissões Voluntárias para se adaptar à realidade macroeconômica atual e driblar a crise econômica e política que, segundo a empresa, tem freado o consumo.
O programa foi comunicado aos 7 mil funcionários na última sexta-feira (26) e as adesões começaram a ser aceitas desde ontem, de acordo com a Relações Públicas da Moto Honda, Evelyn Lima. A informação foi confirmada pelo gerente de relações institucionais da Honda, no Amazonas, Mário Okubo.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Valdemir Santana, informou que, ontem, mais de cem funcionários aderiram à demissão voluntária. “Na última semana, reunimos com os representantes da empresa e, para impedir demissões, sugerimos que fosse feito um programa de demissões voluntárias. Eles aceitaram e, hoje, (ontem), mais de cem funcionários já aderiram ao programa. A estimativa é que pelo menos 300 pessoas façam o mesmo (adesão ao programa)”, disse.
Benefícios
Segundo Santana, além dos benefícios previstos por lei, os funcionários terão uma gratificação de até R$ 8 mil, além de um percentual por ano de trabalho na empresa. Os funcionários que aderiram ao programa também terão, por seis meses, plano de saúde e ajuda na alimentação.
De acordo com a Moto Honda, os funcionários que aderirem ao programa irão receber um valor de bonificação, além de 20% por ano de trabalho e terão, ao longo de seis meses, plano de saúde e ajuda alimentação, além dos benefícios previstos em lei: saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e multa de 40%.
Ação esperada
Para a superintendente da Zona Franca de Manaus, Rebecca Garcia, neste momento, a ação, como a da Moto Honda ou de outras empresas, é esperada tendo em vista a crise econômica que assola o país.
Segundo ela, se a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) adotar uma política para evitar, por exemplo, as demissões voluntárias, essa pressão pode ter o efeito contrário e fazer com que a indústria “sangre” mais, gerando resultados ainda piores à ZFM.
“Claro que não queremos perder nenhum emprego. Mas, as indústrias precisam tomar decisões de acordo com o mercado. Se para as indústrias continuarem forte, produzindo, são necessárias reduções, teremos de entender este momento. A Zona Franca tem produzido para o mercado interno e bens de consumo, ou seja, os primeiros a serem cortados em um momento de crise. Por isso somos tão afetados economicamente”, afirmou.
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