Amazonas – Apesar do Amazonas, ser um estado produtor de petróleo e gás e possuir uma refinaria, o preço do combustível no Estado é absolutamente caro e isso, ajuda a alimentar uma prática perigosa e ilegal, o contrabando.
No único posto de Tabatinga, na fronteira com a Colômbia, o litro da gasolina custa R$ 4,30. Nas ruas do município é fácil flagrar o comércio ilegal de combustível colombiano.
Por ser vendida sem qualquer controle, a gasolina pode danificar o motor de carros e motos.
“Vem suja, vem com água dentro, aqui eu me sinto mais segura em colocar aqui”, afirma uma mulher.
Em Benjamim Constant, onde não existe posto de combustível, o comum é a venda de gasolina peruana em garrafas plásticas.
“Esse aqui é de cinco reais. Ele pede ‘me dá um de cinco’, daí a gente pega o de cinco e coloca na moto. E tem o de três que é garrafa, essa garrafinha aqui é três reais. Aí tem de dois que é pela metade”, conta o vendedor.
Nas áreas mais isoladas do estado o combustível só chega de balsa. Em um estado do tamanho do Amazonas, a diferença no preço cobrado no litro da gasolina, entre a capital e os municípios do interior pode chegar a 40%. Quanto mais distante é a localidade, mais difícil é o transporte e mais caro fica o produto.
“A logística para chegar no interior é complicada e é cara. As nossas distâncias, os nossos rios no Amazonas, eles não são em linha reta, eles são em curvas, e as vezes, na linha reta é uma quilometragem e no rio, na navegação as vezes faz até quatro vezes, cinco vezes mais”, explica Geraldo Dantas, Sind. dos Postos de Combustíveis.
Com o último aumento, o preço médio do litro da gasolina no país é de R$ 3,26. Em Manaus, é de R$ 3,58. Mas no interior do Amazonas pode chegar a R$ 5.
O sindicato dos postos estuda formas de diminuir o valor do frete. Mas por enquanto não há previsão de redução no preço da gasolina.
“Pesa principalmente no orçamento. Hoje em dia, a questão do carro é uma necessidade. Então, a gente sente”, lamenta.
“Aumenta a gasolina, aumenta tudo, infelizmente aumenta tudo e o poder aquisitivo da gente sempre lá embaixo”, lamenta um motorista.
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