Com o forte calor amazônico que banho Manaus neste ano, com a temperatura chegando aos 38 graus diariamente, aumenta consideravelmente o consumo de energia elétrica e água na capital. De acordo com a Eletrobrás Amazonas Energia, este ano a capital deve fechar com um aumento em torno de 6,5%, no consumo de energia elétrica.
O calor, provocado pela alta temperatura, obriga a população a utilizar em maior escala aparelhos eletrônicos, como ar condicionado, refrigeradores e ventiladores, para amenizar um pouco o calor, com isso, os chuveiros, também são mais utilizados e eleva o consumo de água.
Com o tempo quente, os bares, e as lojas de picolés e sorvetes, o movimento, o mesmo acontecendo com os shoppings, que se não aumentaram a vendas devido a crise econômica, o vai e vem de pessoas em busca da temperatura ambiente, aumentou consideravelmente.
Os dados de consumo foram coletados entre janeiro e junho deste ano. O levantamento aponta ainda que o consumo industrial fica em segundo lugar no ranking de consumidores, com 29,07%. O comércio aparece em terceiro lugar, com 20,74% do consumo total, seguido do poder público (9,38%) e da área rural (1,32%).
O crescimento de 6,5%, segundo a concessionária, deve ser percebido durante o mês de outubro. A Eletrobrás informou, por meio de assessoria de imprensa, que o mês possui histórico de maior consumo do ano por conta das elevadas temperaturas.
A empresa ressaltou ainda que a utilização do serviço tem pico por volta das 20h. Segundo a concessionária, é neste horário que eletrodomésticos como condicionadores de ar e televisores, além de luzes, são ligados em residências.
O reflexo na conta de luz mensal, segundo ela, já faz parte do planejamento anual para os meses de agosto a outubro. “Não tem como ficar sem o ar-condicionado nesses meses de calor intenso, então a conta vem mais cara, sim – não tem como lutar contra isso”, comentou.
El Niño
O calor em Manaus tem batido recordes. Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital registrou a mais alta temperatura em 90 anos no dia 13 de setembro deste ano, com 38,6ºC. O órgão informou que o calor intenso é resultado do El Niño – fenômeno que acontece quando as águas do Oceano Pacífico ficam mais quentes que o normal. Enquanto isso, os ventos que sopram na altura do Equador diminuem e ficam mais fracos.
“Por ser um fenômeno de grande escala, provoca mudanças climáticas em várias regiões do Globo Terrestre. Na Região Amazônica, ele dificulta a formação de nuvens, diminuindo as chuvas e aumentando as temperaturas do ar.
Este fenômeno deve perdurar o restante deste ano, podendo ainda estar ativo nos primeiros meses do próximo ano, pois o mesmo está com magnitude moderada”, explicou o meteorologista do Inmet, Gustavo Ribeiro.
De acordo com o Inmet, o forte calor deve permanecer na capital amazonense até o mês de novembro, quando deve começar a chover de forma mais significativa. A previsão é que a sensação térmica – ou índice de calor – chegue a 40°C nos próximos dias.
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