Como jogo de futebol

Osny Araújo
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Osny Araújo*

O PMDB, maior partido aliado do Governo do PT, que sempre esteve à sombra do Poder, após as definições das Mesas diretoras do Senado da República e da Câmara dos Deputados, ficou ainda mais forte para armar barganhas pra cima da presidente Dilma, principalmente na Câmara, onde o PT não conquistou nenhuma cadeira na mesa

O fato, é que a presidente Dilma terá que usar muita habilidade, todo o seu poder de articulação para conquistar os aliados rebeldes, num momento em que o Congresso deverá se envolver com inúmeras votações de casos polêmicos, como por exemplo, a tão sonhada reforma política, entre outras.

Justificando a derrota na Câmara, as lideranças petistas, começam a procurar desculpas esfarrapadas. O deputado Vicentinho, vê o quadro político no Congresso nacional nebuloso e chegou a dizer que “o mar não está pra peixe”.

Já o ministro da articulação política, tentou justificar a situação dizendo que política é como futebol: “num jogo existem faltas, puxões de camisas, empurrões, mas no final dos jogos os amigos sempre se reúnem para uma cerveja”. Assim é a política. No final tudo se ajeita. Sinal de que ele tem esperanças de que o temporal passe sem causar grandes danos ao Governo.

Mas ninguém pode ou deve ignorar que a presidente Dilma deverá ter muitas dores de cabeça com o comportamento do Congresso, especialmente na Câmara dos Deputados, onde revoltada a base aliada derrotou literalmente o Governo e para consertar esse estrago todo, terá que ter muita conversa e um gordo “toma lá, da cá”, o que sempre ocorre em articulações políticas.

A mensagem da presidente da República, na abertura os trabalhos no Congresso Nacional, a oposição classificou como “desconectada da realidade brasileira”, e isso é apenas o começo de uma jornada que não deverá ser das mais tranquilas para o Governo. Isso é apenas o começo.

Ao contrário do Governo Federal no Amazonas, o governador José Melo, deverá navegar em rios tranquilos, numa trajetória em perfeita harmonia com Legislativo, onde conta com maioria e com a Mesa diretora composta por parlamentares aliados.

Apesar de tudo isso, o governador, espera manter uma boa relação institucional com o legislativo amazonense, considerando que os interesses do Estado devem sempre estar à cima de qualquer coisa, para que a administração seja produtiva e proveitosa, com a votação e aprovação importantes projetos para o desenvolvimento socioeconômico do Estado.

Respeitando a independência do Poder Legislativo, o governador deverá se utilizar muito do dialogo para que as coisas aconteçam e com relação aos deputados de oposição, acreditamos que as indiferenças, devem ter ficado no lixo deixado pelas eleições e o pensamento agora, tanto o governador como dos deputados, que já estão trabalhando deverá ter sempre como prioridade o Estado. As questiúnculas políticas devem ter ficado para trás, para aparecerem somente quando se aproximarem as próximas eleições.

*Osny Araújo é jornalista e analista político.

E-mail: [email protected]@gmail.com

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