O presidente da câmara de investigação do Comitê de Ética da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Cornel Borbély, recomendou nesta terça-feira (5), em seu parecer final, que o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, afastado do cargo desde setembro de 2015, seja suspenso de atividades ligadas ao futebol por nove anos.
O parecer foi entregue à câmara decisória do Comitê de Ética da Fifa, presidida por Hans-Joachim Eckert.
Borbély também pediu a renovação da suspensão de Valcke por mais 45 dias de todas as atividades relacionadas ao futebol.
Recomendou que o dirigente da Fifa seja punido com uma multa de 100 mil francos suíços (cerca de R$ 400 mil) por violações do Código de Ética da Fifa, como conflitos de interesse e a oferta e o recebimento de presentes e outros benefícios.
Em seu comunicado, a Fifa não informou quando será dada a decisão final do Comitê de Ética sobre Valcke.
Jornais de diferentes países publicaram reportagens mostrando denúncias do empresário Benny Alon sobre o dirigente da Fifa, que, de acordo com as matérias, ficava com parte do dinheiro de ingressos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
Alon é proprietário de uma empresa que tinha contrato para fornecimento de ingressos da Copa com a Fifa.
Conforme as reportagens, o empresário afirmou que fez um acordo com Valcke para vender ingressos do Mundial por um valor quatro vezes maior que o original. Conforme o empresário, em troca a empresa e Valcke dividiriam os lucros.
Em dezembro, o suíço Joseph Blatter, presidente demissionário da Fifa, e o francês Michel Platini, que lidera a União das Federações Europeias de Futebol (Uefa) desde 2007, foram suspensos por oito anos de toda a atividade ligada ao futebol pelo Comitê de Ética da federação.
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