Comerciantes contabilizam prejuízos com a queda nas vendas devido à cheia na capital

Cheia causa transtornos a comerciante e fregueses próximo ao Mercado Adolpho Lisboa
Cheia causa transtornos a comerciante e fregueses próximo ao Mercado Adolpho Lisboa
Cheia causa transtornos a comerciante e fregueses próximo ao Mercado Adolpho Lisboa

Manaus – As águas do rio Negro continuam invadindo de forma impiedoso as ruas comercio da capital, próximas ao mercado Adolpho Lisboa, causando muitos prejuízos em função da queda nas vendas devido aos problema provocados pela enchente.

Para melhorar um pouco a situação, a Prefeitura construiu pontes de madeira para que a população possa TR acesso a área atingida pelas águas, mas mesmo assim, a situação é complicada para os comerciantes.

“Há uma dificuldade de receber e entregar mercadorias. Já estávamos com problemas por conta da crise econômica e agora a cheia piora tudo”, disse o comerciante Francisco Flávio, dono de uma loja de estivas na Rua dos Barés.

Enfrentando a sua quarta cheia no local, Francisco diz que já amargava queda nas vendas por conta das enchentes que afetam o interior do Amazonas desde o início do ano.

O comerciante afirma que as pontes de madeira instaladas na rua não ajudam a atrair a clientela. “Essas passarelas não dão efeito, porque são estreitas demais. Os clientes não passam por elas”, critica. “É triste, porque os governantes, em vez de solucionarem o problema, fazem apenas ações paliativas. Já poderiam ter feito algo definitivo”, comentou.

Via interditada

Um trecho da rua dos Barés foi interditado no dia 23 de maio. A via teve o tráfego interrompido na extensão entre a Rua Pedro Botelho e a Avenida Joaquim Nabuco. Quem segue pela Rua dos Barés, agora deve virar à esquerda na Avenida Joaquim Nabuco e seguir até as ruas Miranda Leão ou Andradas, para acessar a avenida Lourenço da Silva Braga (Manaus Moderna).

Cheia na capital

De acordo com a Defesa Civil de Manaus, a cheia deste ano deve atingir três mil famílias na área urbana e 1 mil na zona rural. A alta do Rio Negro já afeta os bairros Educandos e Mauazinho, na Zona Sul, e São Jorge, na Zona Oeste.

O Rio Negro vai invadindo o centro sem pedir licença
O Rio Negro vai invadindo o centro sem pedir licença

Até o fim da subida das águas, 15 bairros poderão ser afetados. A Defesa Civil Municipal informou que o Educandos será o mais prejudicado. No local, 775 famílias devem ser afetadas.

A Prefeitura de Manaus informou que monitora 12 comunidades na zona rural localizadas às margens do Rio Amazonas. Em uma delas, na Comunidade Nossa Senhora do Carmo, há previsão de construção de passarela.

Em bairros como Cachoeirinha, Tarumã, São Geraldo, Colônia Antônio Aleixo, Compensa, algumas áreas no Centro e Mauazinho as pontes serão construídas pela comunidade com ajuda da Defesa Civil Estadual.

Segundo a Defesa Civil, um plano de contingência foi montado para minimizar os efeitos da cheia na capital. Entre as ações realizadas estão a limpeza de bueiros na área central da cidade, construções de pontes e orientação de combate a doenças causadas pelo contato com a água contaminada.

Ao todo, 37 acessos em áreas da cidade que tradicionalmente ficam com vias submersas serão construídos. A previsão é construir 3,1 km de passarelas nos bairros afetados.

A queda no movimento comercial é estimada em 40%
A queda no movimento comercial é estimada em 40%

Cheia no Amazonas

Em todo o Amazonas, 29 municípios decretaram emergência. O município de Boca do Acre é o mais afetado pela cheia, com 20.905 pessoas de 4.181 famílias atingidas.

A cidade, que fica no Sul do estado e é banhada pelo Rio Purus, está em estado de calamidade pública.

Amazonianarede-Rede Amazonica

 

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