Boa Vista, RR – A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa foi aberta oficialmente na manhã deste domingo, dia 28, na fazenda Vale da Serra, na vicinal 14, município de Mucajaí. O período de vacinação será de 1º a 31 de outubro.
Na primeira etapa, a vacinação atingiu 96% do rebanho do Estado, que hoje é de 750 mil cabeças de gado. Para esta nova etapa, o Governo do Estado estima a vacinação de 100% do rebanho. A campanha também vai atingir as criações das comunidades indígenas de Roraima. Por serem áreas de difícil acesso, nessas comunidades a campanha se estenderá até o dia 15 de novembro.
Os produtores terão todo o mês de outubro para vacinar o rebanho e fazer a notificação em um dos 28 escritórios da Ader (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), espalhados pelo Estado até 15 dias após o último dia da segunda etapa de vacinação, ou seja, até o dia 15 de novembro todas as notificações devem ter sido entregues.
Os criadores de gado que não vacinarem seu rebanho nesta segunda etapa ou vacinarem-no e não notificarem, nas Unidades e Escritórios de Defesa Agropecuária do Estado, que o vacinaram, serão punidos com multa de R$ 1.040,00, acrescidos de R$ 65,00 por cabeça de gado não vacinada. Além disso, o criador fica impedido de retirar a GTA (Guia de Transporte Animal) para comercialização. O criador será também obrigado a vacinar com o acompanhamento de fiscais da Aderr, mesmo depois do pagamento da multa.
Esta é a primeira campanha depois de o Estado de Roraima ter sido elevado pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) ao status de Médio Risco com Vacinação.
O presidente da Coopercarne (Cooperativa Agropecuária de Roraima), Disney Mesquita, ressaltou a importância da união e do empenho de todos os pecuaristas para que junto com o Governo possam livrar o Estado definitivamente da Febre Aftosa.
“Esta vitória será alcançada com o esforço conjunto de todos os produtores rurais, seja pequeno, médio ou de grande porte. Precisamos ter a consciência que vacinar cada animal é um dever do pecuarista. Com este ato, vamos livrar o Estado da doença. Todos ganham”, argumentou.
Paralelo à vacinação, os técnicos da Aderr deram início ao processo de sorologia animal, que é um estudo minucioso de avaliação da ausência de circulação viral no rebanho do Estado para a febre aftosa. Estão previstas as coletas de 5.900 amostras de soro de bovinos em centenas de propriedades dos 15 municípios de Roraima.
Este estudo faz parte do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa) do Mapa. “Quando finalizado, o estudo poderá apontar o resultado que tanto queremos alcançar, que é o status de Estado Livre da Aftosa com Vacinação. Temos absoluta convicção de que com o esforço de todos os setores envolvidos neste processo, vamos alcançar este objetivo em um breve espaço de tempo”, garantiu a presidente da Aderr, Rosirayna Rodrigues Remor.
O último caso de Febre Aftosa notificado no Estado ocorreu no município de Caroebe, no ano de 2001. Há oito anos, o Brasil se mantém sem ocorrência da doença e avançou significativamente com suas zonas livres, que alcançam 77% do território nacional, com 99% dos bovinos.
Conforme a Instrução Normativa 44, de 2007, para um estado ou parte dele ser reconhecido como Zona Livre de Febre Aftosa ou como Zona Tampão, deverá apresentar, no mínimo, classificação BR-3 (risco médio) para Febre Aftosa ou outra classificação de risco semelhante a que venha a ser adotada pelo Ministério da Agricultura.
Fonte: Folha BV