CMM lembra conquistas do movimento negro no Amazonas

Amazonianarede – CMM

Manaus – Legislações que beneficiam os negros e avanços em saúde e educação. Foram os temas que embasaram a Tribuna Popular desta quarta-feira (14). A sessão, conduzida pelo terceiro secretário vereador Gilmar Nascimento (PDT), teve como autor o presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Isaac Tayah (PSD). O evento contou com a participação do presidente da Associação do Movimento Negro do Estado do Amazonas (Amonam), Luiz Fernando Costa.

A solenidade foi motivada pela comemoração nacional do dia da consciência negra, celebrada anualmente no dia 20 de novembro. De acordo com Costa, a comunidade afro descendente tem inúmeros motivos para celebrações. Uma delas, segundo o representante, é a conquista em discussões educacionais junto à Secretaria de Estado de Educação (Seduc-AM). “Conseguimos ter abertura para a inclusão de questões relacionadas a nossa cultura. Os alunos podem aprender sobre nossa história”, relata.

Por outro lado, Costa ressalta que uma das principais dificuldades enfrentadas pelo segmento ainda é a falta de regulamentação para a obtenção de identidade e posterior aquisição de terras. Atualmente, 15 comunidades existentes no interior do Estado ainda são desconsideradas por falta de documentos. “Esses povos tradicionais ficam impossibilitados de receber benefícios. Lutamos para que esse problema seja resolvido”, disse.

O vereador Marcel Alexandre (PMDB) está à frente da CMM enquanto Tayah assume a prefeitura. Para Marcel, o movimento merece ser reconhecido por suas lutas e conquistas. O democrata também citou a figura humana como uma criação divina, que segundo ele, deve ser lembrada como algo perfeito, independentemente de cor ou raça. “Deus criou o homem à sua imagem e semelhança e isso nos traz paz. Parabenizo o movimento por essa data. Todas as ações que cooperam para a igualdade entre os povos são atitudes respeitosas”, declarou.

Segundo Costa, o Amazonas foi o segundo Estado a decretar a libertação dos escravos, ainda no século 18. O primeiro Estado foi o Ceará. “A edificação da região portuária da capital, assim como o prédio do Teatro Amazonas tiveram a colaboração da mão de obra negra”, frisou.

(Fonte: Priscila Caldas-Foto: Sérgio Oliveira)

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