
Brasil – O custo da cesta básica está menor em 14 das 27 capitais brasileiras. Entre as cidades que tiveram quedas mais expressivas estão Brasília (-5,44%), Teresina (-1,77%), Palmas (-1,76%) e Salvador (-1,66%). Houve alta em 13 capitais, sendo Florianópolis (5,85%), Vitória (3,19%), Porto Velho (2,18%) e Maceió (2,12%) os destaques.
De acordo com a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 478,07), seguida de Florianópolis (R$ 475,32) e São Paulo (R$ 469,55). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 366,90) e Recife (R$ 373,66).
Manaus, mais cara
O custo da cesta básica de Manaus aumentou em outubro deste ano relação ao mês anterior ficando em R$ 409,88, de acordo com pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (7).
Com a alta do valor da cesta, Manaus passa a ocupar a 14° colocação no ranking das cestas, dentre as 27 capitais onde é realizada a pesquisa.
O preço da básica, composta por 12 produtos, teve alta de 2,10% em relação a setembro. No mês anterior o conjunto de itens alimentícios essenciais custava R$ 401,44. Em outubro de 2015 a cesta básica custou R$ 337,42.
Oito produtos apresentaram alta, dois tiveram queda e dois se mantiveram estáveis no mês analisado, influenciando o custo total.
“Houve alta bastante significativa. Quatro produtos foram bem remarcados”, disse Inaldo Seixas Cruz, economista e supervisor Técnico do Diesse no Amazonas.
O feijão (9,45%) foi o produto que apresentou maior alta no mês seguido do óleo (7,08%), do açúcar (5,74%), do tomate (4,61%), do café (3,65%), da manteiga (3,08%), do arroz (2,35%) e do leite (1,79%). A carne (-1,23%) foi o produto que apresentou maior queda no mês seguido da farinha (-0,39%). A banana (0,0%) e o pão (0,0%) não apresentaram variação.
O Dieese apontou ainda o tempo de trabalho necessário para adquirir os produtos da cesta
básica em Manaus. Em outubro o tempo foi de 102 horas 28 minutos, maior do que a jornada calculada para setembro, de 100 horas e 22 minutos.
Alta acumulada
Entre janeiro e outubro deste ano, todas as cidades acumularam alta, sendo as mais relevantes em Maceió (24,25%), Aracaju (23,69%), Rio Branco (21,99%) e Fortaleza (21,21%). Os menores aumentos ocorreram em Brasília (9,58%), Curitiba (10,52%) e Macapá (10,99%).
Entre os tipos de alimento, houve alta no preço da carne bovina de primeira, da manteiga, do açúcar, do tomate e do café em pó. O feijão e o leite tiveram o valor reduzido na maior parte das cidades.
Segundo o estudo, o salário mínimo ideal para a manutenção de uma família de quatro pessoas em outubro deveria ser R$ 4.016,27, ou 4,56 vezes o mínimo vigente de R$ 880. Em setembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 4.013,08.
Amazonianarede-EBC