(Amazonianarede – R7)
Criada por biomédico paraense, Amazon Beer, de Belém, usa açaí, bacuri, cumaru, taperebá e priprioca em suas cervejas. Arlindo Guimarães, o dono, espera fechar 2013 com faturamento de R$ 17,5 milhões e diz que marca já está licenciada para ser produzida na Inglaterra.
A arte do rótulo é assinada por Randy Mosher, cultuado designer norte-americano, e o nome parece obra de algum empresário estrangeiro que quer ganhar dinheiro à custa da Floresta Amazônica, mas a Amazon Beer, cervejaria eleita a melhor do País por uma revista especializada, é brasileira, de Belém do Pará, assim como alguns dos ingredientes usados para dar sabor e aroma às receitas: IPA Cumaru, Forest Bacuri, Witbier Taperebá, Red Ale Priprioca e Stout Açaí.
“Estamos na Amazônia, rica em aromas, sabores, raízes, madeira, frutas, sementes, então tudo isso é usado no processo de fabricação. Tem que ter uma identidade com a floresta, não adianta copiar cervejas de mais de mil anos da Bélgica, Alemanha Inglaterra. Tem que criar uma cerveja que não se encontra em nenhum outro lugar do mundo, a gente se inspira na matéria-prima que a floresta nos oferece”, diz Arlindo Guimarães, dono do negócio.
A tarefa de misturar raízes, frutas e sementes com malte e lúpulo ficou com Reynaldo Fogagnolli, mestre cervejeiro formado na Alemanha “após largar tudo”, em 86, quando cursava o último ano de Engenharia Elétrica no Brasil, e com 17 anos na Brahma, de onde saiu para trabalhar com microcervejarias e eventualmente abrir a sua.
“Cerveja todo mundo faz. Estamos ali, na boca da floresta, a gente vai se aventurando por essas bandas, sempre buscando uma coisa nova. A Amazônia é um nome fortíssimo lá fora, então a gente sempre procurou, de uma certa forma, ficar atrelado a ela”, explica Fogagnolli.