Carapirás protestam por falta de espaço para trabalhar

Macapá – Mais de 70 famílias de carapirás fizeram um protesto, ontem, em frente ao aterro sanitário da Prefeitura de Macapá, no quilômetro 14 da BR 156, em função da falta de espaço para o trabalho. Eles alegam estar há pelo menos dois meses sem poder exercer a atividade de catadores de lixo no aterro.

Em janeiro deste ano, a prefeitura – atendendo à Lei nº 12.305/10 da Política Nacional de Resíduos Sólidos – implantou a nova célula onde são despejados, diariamente, 250 toneladas de lixo, que até ano passado eram colocados no aterro controlado. A mudança no tratamento do lixo doméstico insere Macapá entre as cidades que estão de acordo com a legislação da política nacional de resíduos sólido.

“Eles [prefeitura] dizem estar tomando decisões para não nos deixar sem trabalhar. Mas até agora foram apenas reuniões e mais reuniões. Ainda não existe na da de concreto. Nossos filhos estão passando fome. Até quando isso?” questiona uma das catadoras de lixo.

O secretário municipal de manutenção urbanística (Semur), José Mont’alverne, explica que o funcionamento do aterro sanitário é um avanço, mas a Prefeitura de Macapá está trabalhando para resolver a situação das famílias que sobreviviam da coleta seletiva naquela área.

“A legislação proíbe a presença de catadores no aterro sanitário; a alternativa foi uma parceria com as empresas que trabalham com coleta e tratamento do lixo”, disse o secretário. A Clean e Rumus abriram 35 vagas com carteira assinada. Destas, somente quatro foram preenchidas.

Uma segunda alternativa foi a decisão para que, a cada seis caminhões coletores, dois despejariam o lixo em uma área específica para que os carapirás pudessem fazer a seleção. “A chuva às vezes impede a entrada de caminhões na área de seleção, mas estamos buscando novas alternativas para ajudar essas famílias. Não podemos contrariar a legislação, assim como não podemos deixar essas famílias desamparadas”, afirma Mont’alverne. Estes trabalhadores separam principalmente material plástico, que são os mais utilizados na reciclagem.(Diário do Amapá) 

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