São Paulo – Os vídeos, com a história política de Aécio e, depois, a voz de Ferreira Gullar, com o Adeus a Tancredo, deram o tom da emoção para que o candidato apresentasse um discurso que teve o sentido de colocar o PSDB no protagonismo positivo da história.
Em seu primeiro discurso como candidato oficial do PSDB a presidente da República, o senador Aécio Neves, inspirado no avô Tancredo Neves, tratou de colocar como fruto do trabalho do próprio partido os avanços que o Brasil obteve nos últimos 30 anos. “Se sempre foi inequívoco o compromisso do PSDB com a democracia e a liberdade, foi a nossa coragem que nos legou o país moderno e promissor que somos hoje”, disse ele, que encerrou prevendo uma “ventania, um tsunami que vai varrer do governo federal aqueles que lá não têm se mostrado dignos e capazes de atender as demandas da população brasileira”.
As palavras do senador tucano foram proferidas num dos maiores centros de convenções de São Paulo, o Center Norte, muitas vezes evitado por concentrações políticas por causa do tamanho. É grande demais e sempre parece vazio. Os tucanos, entretanto, ocuparam bem o espaço. O salão foi dividido por um palco, com a parte de trás transformada em sala VIP, onde aos poucos as autoridades iam chegando antes de Aécio subir. Ele entrou às 11h10, acompanhado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Para discursar, entretanto, foi conduzido até o púlpito pela filha Gabriela. A mãe, Maria Inês, também estava presente, ao lado de Maria Estela Kubistchek, filha do ex-presidente Juscelino.
Os vídeos, com a história política de Aécio e, depois, a voz de Ferreira Gullar, com o Adeus a Tancredo, deram o tom da emoção para que o candidato apresentasse um discurso que teve o sentido de colocar o PSDB no protagonismo positivo da história recente do país e o governo petista como aquele que deixou os avanços escorrerem como água pelas mãos. “Foi com a nossa coragem que colocamos fim ao ciclo hiperinflancionário que aprisionava o nosso crescimento e roubava o nosso futuro. E atingia especialmente os mais pobres, os que mais precisavam e menos tinham. Com a determinação do presidente Itamar Franco e a liderança inconteste do presidente Fernando Henrique, transformamos a realidade brasileira de forma estrutural e definitiva, com o Plano Real”, disse.
Por: Correio Web