A Prefeitura de Manaus iniciou nesta segunda-feira, 24, novas intervenções na área verde do conjunto habitacional Campo Dourado, na Cidade Nova, zona Norte, que tem acesso principal pela avenida G. A área é trabalhada como projeto-piloto.
Depois da limpeza e capinação feita por equipes da Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (Semulsp), nas últimas semanas, nos espaços mais degradados e com lixeiras viciadas, agora começam os serviços de mobilização de pequenas obras, marcação de gabaritos do projeto de revitalização e requalificação, com apoio do levantamento topográfico realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
O Campo Dourado é um projeto-piloto de valorização de áreas verdes com espaços degradados. A planta-piloto tem execução arquitetônica do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), com ação integrada que inclui a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).
A obra começa pela rua Terezinha com a rua Fortaleza, na área mais limpa do local, onde fica o campo de futebol usado pela comunidade. O atual campo será transformado em área para futebol society. Ao lado, ficará uma quadra de vôlei de areia.
“Vale frisar que essas intervenções visam promover a menor interferência no local, preservando o verde e a topografia do terreno, aproveitando o que está em uso no Campo Dourado. Todo o projeto tem esse fundamento, de causar o menor impacto e aproveitar ao máximo as áreas degradadas para promover revitalização. Nessas áreas requalificadas, por exemplo, após a análise topográfica da Semmas, estamos realizando ajustes na planta para realocar os equipamentos de ginástica ao ar livre e o playground, com a superposição dos trabalhos da Semmas, Implurb e Seminf”, explica o arquiteto Diogo Lazari, do Departamento de Planejamento Urbano (DPLA), do instituto.
PROJETO-PILOTO
O projeto-piloto prevê para o espaço a implantação de pista de caminhada, trilhas, academia ao ar livre, playground, paraciclo, campo de futebol e quadra de vôlei de areia, todos equipamentos instalados nas áreas degradadas e já com uso alterado. O lote tem 2,1 hectares e o projeto atingirá 2,8 mil metros quadrados, começando com limpeza, melhoria urbana e ambiental, incluindo plantio e replantio de espécies nativas.
O diagnóstico das áreas verdes que podem receber revitalização e requalificação começou no ano passado e se intensificou em abril deste ano, com o mapeamento e análise do entorno e dos usos comunitários. No Campo Dourado existe um pequeno igarapé, que terá sua vista valorizada e melhor incorporada à natureza e à topografia local.
Às vezes vistas como problemáticas, por problemas com invasão, lixeiras viciadas e pontos de zonas vermelhas e uso de drogas, as áreas verdes são espaços definidos pelo poder público, com base em projetos de parcelamento do solo urbano, constituídas por florestas, trechos florestais ou demais formas de vegetação (primária, secundária ou plantada), de natureza jurídica inalienável, e destinadas à manutenção da qualidade ambiental.
O projeto-piloto terá um custo aproximado de R$ 700 mil, valor que será absorvido a partir de uma compensação ambiental de uma empresa. “Temos hoje uma realidade bastante complexa em relação às áreas verdes, pois são espaços protegidos, mas que sofrem com invasões de graus diferentes, degradação ambiental da cobertura vegetal e dos igarapés, urbanização irregular, insegurança e ampliação de quintais”, explica do diretor de Gestão Territorial e Ambiental da Semmas, Andrew Murchie.
Fonte: Semcom