Cadeia de produção do frango se consolida no Alto Acre

27-08acreA região do Alto Acre tem expandido ainda mais a cadeia produtiva do frango, atualmente um de seus setores mais consolidados. Da plantação do milho que vira ração, até a construção de galpões de criação e a industrialização do frango, o governo do Estado tem investido para que esta atividade se fortaleça ainda mais e tome um novo patamar, que irá levar o Acre em breve a autossuficiência no mercado de aves.

Já no km 16 da BR-317, na região rural de Epitaciolândia, encontramos o senhor Joaquim Resende. Casado, com dois filhos, uma nora e um netinho, Joaquim leva uma vida confortável nas terras que possuí, mas não sem muito trabalho duro entre toda a família. “Eu ganhei 12 carneiros do governo e hoje tenho 40. Nessa entre safra eu plantei quatro hectares de milho que estou tirando agora, mas com o maquinário do governo, eu estou planejando 40 hectares de plantio para safra”, conta orgulhoso Joaquim.

O produtor foi um dos beneficiados pelos programas da Secretaria de Produção Familiar e Agricultura Florestal (Seaprof). Além dos carneiros e do maquinário para ajudar no preparo do solo e colheita, Joaquim ainda colhe 60 litros de leite por dia e em breve poderá aposentar o banquinho, pois também será beneficiado com uma ordenhadeira mecânica. “Eu não teria conseguido nada disso sem a ajuda do governo. Eu posso tirar R$ 35 mil só de lucro com a próxima safra de milho, mas eu nunca conseguiria isso sem essa ajuda”, revela o produtor.

Frangos em massa

O milho do senhor Joaquim tem um destino já definido, alimentação na produção dos frangos do Alto Acre, a atividade mais consolidada da região. Na propriedade de Gideão Coimbra, uma prova da evolução da criação de frangos se encontra. De um lado, um dos primeiros galpões estimulados pelo governo ainda em 2006, do outro, mais um galpão, mas novo e moderno, com tecnologia de ponta para criação de frangos, estimulado pela gestão atual.

Gideão é direto: “No primeiro ano eu tirei três mil frangos, no segundo cinco mil e no terceiro 12 mil. Faz dois anos que financiamos e construímos o novo galpão. Hoje eu tenho aqui 30 mil frangos em produção”. Juntando os frangos e a venda de esterco como fertilizante, a renda de Gideão é de R$ 12 mil a cada 40 dias. “Há dois anos eu precisei fazer o tratamento do meu filho em Goiânia e tinha que me preocupar muito com o andamento dos negócios aqui. Hoje eu posso pagar alguém para fazer esse trabalho por mim. E tenho isso graças a todo o incentivo e apoio que o governo me deu para realizar isso”, revela o avicultor.

História parecida é a de Juarez da Silva, do município de Brasileia. Um dos primeiros produtores da região a apostar na criação de frangos quando o governo levou a proposta para todo o Alto Acre, Juarez hoje comemora uma renda mensal de R$ 13 mil.

Levantou seu primeiro galpão com a ajuda da Seaprof e o novo precisou de mais uma ajuda. “O galpão de alta tecnologia custa R$ 103 mil. O banco exigia que a gente tivesse um patrimônio de R$ 103 mil para fazer o empréstimo. Eu não tinha. Se esse governo não tivesse intervindo com os bancos para que os empréstimos fossem possíveis, eu nunca teria levantado o galpão novo. E hoje ele ta aí, se pagando e ainda me dando lucro”, explica Juarez.

Mais investimentos e industrialização

Mesmo com a produção de aves se consolidando de vez no Alto Acre, o governo do Estado ainda se prepara para levar novos investimentos. O principal é voltado para a energia, melhorando a estabilidade elétrica da região a partir de uma nova subestação que será levantada pela Eletrobras em Xapuri no começo do ano que vem. A melhoria dos ramais também é uma pauta a ser cumprida, principalmente agora, durante o verão amazônico, para que continuem trafegáveis durante o inverno.

E a cadeia do frango termina justamente na industrialização. Hoje, a Acreaves, localizada em Brasileia, é uma das maiores indústrias do estado. Comprando praticamente toda a produção de aves do Alto Acre, a empresa também se prepara para dar um salto e em breve aumentar sua produção para 20 mil abatimentos de frangos por dia.

Fonte: O Rio Branco

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