Um grupo de brasileiros deportados dos Estados Unidos pousou no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na noite de sábado (25), trazendo consigo histórias de dor e sofrimento. Eles relatam ter enfrentado condições desumanas durante o processo de deportação, incluindo agressões, maus tratos e humilhação.
Sandra Pereira de Souza, de 36 anos, contou que a viagem de retorno foi “um inferno, uma tortura” desde que saiu da Louisiana. Ela disse que o avião tinha problemas técnicos e que os passageiros estavam “morrendo de medo de morrer”. Sandra e sua família, incluindo o marido e dois filhos pequenos, foram deportados após terem imigrado ilegalmente para os EUA.
Vários brasileiros relataram ter sido agredidos e maus tratados durante o processo de deportação. Carlos Vinícius de Jesus, de 29 anos, contou que foi algemado, agredido e ameaçado pelos agentes de imigração dos EUA. Ele disse que os agentes “não respeitaram a gente” e que “bateram em nós”.
O avião que transportou os brasileiros tinha problemas técnicos e foi obrigado a parar no Panamá para reparos. No entanto, a tripulação decidiu continuar a viagem sem trocar de aeronave, o que causou pânico entre os passageiros. Kaleb Barbosa, de 28 anos, contou que o avião “estava em condições precárias” e que “as turbinas estavam parando durante o voo”.
A intervenção do governo brasileiro foi crucial para evitar um desastre. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a retirada das correntes dos brasileiros e solicitou um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) para completar a viagem.
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, esteve no aeroporto para receber os brasileiros e oferecer ajuda humanitária. Ela disse que as denúncias das pessoas que chegaram são “muito graves” e violam os direitos humanos. O governo de Minas Gerais também está oferecendo apoio aos brasileiros deportados, incluindo a criação de um posto de atendimento humanitário no aeroporto.
As histórias de dor e sofrimento contadas pelos brasileiros deportados são um lembrete da complexidade e da dureza do processo de imigração. Eles enfrentaram condições desumanas e maus tratos, mas também encontraram apoio e solidariedade ao chegarem ao Brasil. É uma história que requer compaixão, empatia e ação para proteger os direitos humanos.
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