Brasil goleia Honduras e poderá pegar a Alemanha na final

Futebol braslieiro no rumo do ouro olimpico

 

Futebol braslieiro no rumo do ouro olimpico
Futebol brasileiro no rumo do inédito ouro olímpico

Rio Eles não queriam nem saber o adversário, que só será definido no início da noite na Arena Corinthians, em São Paulo. Aos gritos de “Alemanha, pode esperar, a sua hora vai chegar” e “Sai do chão, sai do chão, quem é pentacampeão”, a debochada torcida carioca provocou o carrasco do 7 x 1 na goleada por 6 x 0 sobre Honduras na tarde desta quarta-feira, no Maracanã, sonhando com uma possível “revanche” no próximo sábado, às 17h30, na disputa pela medalha de ouro.

Dois gols de Gabriel Jesus, dois de Neymar, um de Marquinhos e outro de Luan confirmaram a presença verde-amarela na segunda decisão consecutiva. Há quatro anos, em Londres-2012, o Brasil perdeu o título para o México, por 2 x 0.

O resultado de hoje garante a Seleção, no mínimo, mais uma medalha de prata na Rio-2016 e vale ouro no ranking histórico do torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos. O Brasil dividia com a extinga Iugoslávia, atual Sérvia, a liderança com cinco medalhas. Independentemente do resultado da final, o Brasil chega a seis e se isola no topo, com três pratas em Los Angeles-1984, Seul-1988 e Londres-2012; dois bronzes em Atlanta-1996 e Pequim-2008 e um ouro ou prata na Rio-2016.

A goleada deixou o Brasil muito próximo de uma outra marca expressiva. A Seleção ainda não sofreu gol nesta Olimpíada. Como mostrou o Correio Braziliense no último sábado, só a Argentina conseguiu conquistar a medalha de ouro sem ser vazada, em Atenas-2004.

Recorde

O jogo desta quarta começou com um recorde e um susto. Depois da saída de bola no meio de campo, Neymar aproveitou uma falha da defesa de Honduras, dividiu com o goleiro López e a bola entrou aos 14 segundos — o gol mais rápido da história dos Jogos Olímpicos. A marca anterior era da jogadora Beckie, do Canadá (19 segundos), contra a Austrália, na Rio-2016. No masculino, pertencia a Oribe Peralta, na final de Londres-2012 diante do Brasil (30 segundos).

O camisa 10 levantou para comemorar, mas não ficou muito tempo de pé e desabou no gramado reclamando do choque. O craque chegou a sair de maca e o técnico Rogério Micale mandou Rafinha e Felipe Anderson para o aquecimento. Depois do susto, Neymar voltou às quatro linhas, continuou gastando a bola e apanhando: das 12 faltas de Honduras na etapa inicial, nove foram em Neymar, que pendurou o adversário com cartões amarelos.

Mas o o dono do jogo não se intimidou. Aos nove minutos, Neymar deixou Luan na cara do gol. O atacante driblou López e finalizou, mas o goleiro de Honduras se recuperou a tempo de evitar o segundo. Luan compensou o desperdício com um lançamento milimétrico para Gabriel Jesus. O camisa 11 percebeu a saída de López antes de receber a bola e tocou de perna direita para ampliar o placar: 2 x 0.

Tarde de graça no Maraca

Em tarde de graça no Maracanã, o ataque verde-amarelo quase fez o terceiro com Gabriel Barbosa. O menino da Vila persistiu em um lance praticamente perdido e chutou à direita do gol de López. A pontaria que faltava a Gabigol sobrava em Gabriel Jesus. Em outro lançamento magistral de Neymar, o jogador vendido ao Manchester City por R$ 121 milhões encheu o pé para marcar o terceiro do Brasil e transformar o resultado parcial em goleada.

O segundo tempo começou com Honduras abusada, colocando a bola entre as pernas de Gabigol. Apesar da gracinhas, escapou de levar o quarto. Luan chutou na grande área e o goleiro López operou um milagre. Estava fácil até para zagueiro fazer gol. Ao cinco, Neymar repetiu um lance que deu certo na vitória por 2 x 0 sobre o Japão, em Goiânia. Bateu escanteio procurando Marquinhos. O beque falhou na primeira tentativa, mas encheu o pé na segunda e ampliou para 4 x 0, aos cinco. Na comemoração, beijou o dedo, como fazia Rivaldo.

Com o jogo decidido, Rogério Micale poupou peças importantes. Tirou Rodrigo Caio, Renato Augusto e Gabriel Jesus para as entradas de Luan Garcia, Rafinha Alcântara e de Felipe Anderson. Deu tempo de o brasiliense dar o passe para o quinto gol, de Luan. Honduras ainda tentou tirar a invencibilidade da defesa canarinha, mas Weverton entrou duas vezes em ação.

Três virou, seis acabou. Luan sofreu um pênalti e Neymar assumiu a responsabilidade de cobrar. O camisa 10 acertou o canto direito de López, que saltou para o esquerdo. Foi o tempo de o juiz apitar o fim da partida e dar início novamente às provocações aos possíveis rivais na final.

Brasil 6
Weverton, Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio (Luan Garcia) e Douglas Santos; Walace e Renato Augusto (Rafinha Alcântara), Gabriel Barbosa, Neymar e Gabriel Jesus (Felipe Anderson) e Luan
Técnico: Rogério Micale

Honduras 0

López, Paz, Palácios e Vargas; Marcelo Pereira, Espinal, Acosta e Bryan García; Elis, Quioto e Lozano
Técnico: Jorge Luis Pinto

Gols: Neymar, aos 14 segundos, e Gabriel Jesus, aos 25 e aos 34 minutos do primeiro tempo; Marquinhos, aos 5, e Neymar, aos 45 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Rodrigo Caio (Brasil), Palacios, Vargas, Acosta, Espinal (Honduras)
Público e renda: não divulgados
Árbitro: Ovidiu Hategan (Romênia)
Estádio: Maracanã (Rio de Janeiro)

Amazonianaarde-Correio Brasiiense

 

 

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