
(Foto: AFP)
A Seleção Brasileira já fez história ao realizar sua melhor campanha no Campeonato Mundial Feminino de Handebol da Sérvia. Às 14h15 (de Brasília) deste domingo(22), a equipe desafia a força da anfitriã e a pressão dos torcedores que lotarão o palco da decisão, em Belgrado, para tentar coroar o feito com o título inédito da competição.
Antes desta edição, a melhor participação brasileira no Mundial havia sido o quinto lugar em 2011, quando sediou a competição. Para a pivô e capitã Dara, a união entre as atletas é o diferencial da Seleção rumo ao tão sonhado lugar mais alto do pódio.
“Chegar a este ponto foi muito importante para nós, mas ainda queremos mais. Queremos o título e estamos muito perto disso. Acredito que a união e hegemonia do grupo fará a diferença na decisão. Temos consciência da qualidade da Sérvia, que tem algumas jogadoras muito perigosas, que se destacam, mas nós temos um grupo mais unido. Sabemos que as 16 atletas que estão aqui têm qualidade e são capazes de representar bem o Brasil. Vemos muito isso pelo incentivo que uma dá à outra”, exalta.
A final deste domingo terá lotação máxima: neste sábado, os 19.500 ingressos disponíveis para a partida foram esgotados pelos sérvios, o que representa um novo recorde para esta edição da competição – até agora, o maior público registrado foi o da semifinal entre Sérvia e Polônia, que contou com 18.236 espectadores.
A expectativa da anfitriã é que este seja o grande trunfo para superar o Brasil. Dara, no entanto, acredita que o feitiço pode virar contra o feiticieiro. “Elas estarão jogando em casa, mas isso pode se voltar até mesmo a nosso favor, já que elas têm a pressão de vencer. Sabemos bem disso, pois no último Mundial, estávamos na nossa casa e sentimos isso”, relata.
O Brasil está invicto no Mundial. Na primeira fase, a equipe do técnico Morten Soubak bateu Argélia, China, a tricampeã olímpica Dinamarca e a própria Sérvia. Depois, passou por Holanda, Hungria e novamente pelas dinamarquesas para chegar à grande final. Para o treinador, o resultado positivo sobre a adversária da decisão na fase de grupos deve ser esquecido e o comprometimento mantido caso a Seleção queira a medalha de ouro.
“Pará nós não mudou nada em relação ao nosso comportamento. Estaremos da mesma forma que viemos até agora. O nosso desafio será a pressão que teremos dos torcedores da Sérvia e da arbitragem. Por isso, temos que pensar bem no que fazer nos momentos difíceis da partida. Vimos a Polônia não conseguir jogar contra a Sérvia nas semifinais. A torcida foi como um caminhão sobre as polonesas, que não conseguiram entrar no jogo. O desafio é não deixar que isso aconteça conosco. Será difícil. Já sabemos disso, mas estamos confiantes”, garante.