BR-364 causa transtorno à população

Alunos de uma faculdade localizada na BR-364, caminhoneiros, donos e funcionários dos postos de gasolina situados nas marginais da rodovia, se uniram para protestar junto aos órgãos competentes contra as condições da BR, no trecho que vai da frente do cemitério Jardim da Saudade até a Termoelétrica Termonorte.

Segundo informações, os maiores problemas são, os buracos – que causam constantes acidentes e danos aos veículos – e a escuridão da pista durante à noite, responsável por um grande número de assaltos.

De acordo com o funcionário de um posto de gasolina, Mateus Amorim, as reclamações dos caminhoneiros são constantes com relação as condições da via. Os buracos são os maiores geradores de queixas, principalmente os que se formaram nos retornos da BR, no trecho citado anteriormente.“Com as reclamações dos caminhoneiros, nós do posto até tentamos amenizar a situação colocando um pouco de cascalho lá. Mas essa solução é temporária. Cansamos de tomar para nós a responsabilidade dos órgãos públicos. Queremos uma posição do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), que seria responsável pelo trecho. Nos unimos em busca de uma resposta e de solução”, declara Amorim.

Para o caminhoneiro Amado Jesus Cardoso, as péssimas condições das vias mostra a desvalorização da profissão. “Eles não levam em consideração que nós carregamos o Brasil. Trazemos e levamos alimentos e produtos. Contribuímos para a economia dos estados. O mínimo que esperamos receber em troca são boas estradas, mas está bem difícil acontecer. O transporte seria até mais rápido e menos perigoso”, desabafa o caminhoneiro.

Roubos dificultam iluminação

Segundo o gerente de atendimento da Eletrobras Rondônia, Gerson Paes, depois dos postes instalados ao longo da BR começou o embate para definir quem iria pagar a conta: prefeitura ou Dnit? Gerson conta que, na época, o trecho do Trevo do Roque até a Eletronorte foi assumido pela prefeitura. “O trecho sentido Unir nunca chegou a ser energizado”, disse.

Outro problema que contribui para a escuridão são os roubos dos cabos de energia. Gerson conta que o delito aconteceu inúmeras vezes até que a Eletrobras parou de repor os fios e cabos furtados.

Outro agravante foi a crise administrativa pela qual passou a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano (Emdur). Crise essa que ainda não acabou, mas que deve ser sanada até o final do ano. Em razão de uma intervenção judicial, a Emdur ficou sem mão de obra e equipamentos para iluminar a cidade, restando a escuridão em que se encontra. Nos últimos dias, a Empresa contratou eletricistas e abriu licitação para a compra de equipamentos e duas camionetes para realizar o trabalho de iluminação pública, mas não há precisão para o início dos trabalhos.Segundo o prefeito Mauro Nazif, a cidade tem que estar 100% iluminada até dezembro. A equipe do Diário tentou falar com o Dnit mas não conseguiu encontrar o superintendente.

Alunos sofrem constantes assaltos

Nas imediações de uma faculdade que fica ao longo da BR-364, o problema é a falta de segurança e sinalização, condição que piora no período noturno com a falta de iluminação. De acordo com o diretor executivo da instituição, Getúlio Brito, os que mais sofrem são os alunos que utilizam transporte público. Segundo ele, a parada de ônibus é escura e sem segurança. “Temos vários casos recentes de assaltos. Os bandidos chegam de moto e levam os pertences dos alunos que estão esperando o ônibus. A escuridão é maior do lado direito da pista, sentido Candeias do Jamari”, conta o diretor.

Ele conta que a faculdade já tentou arrumar a frente da instituição para amenizar os problemas dos alunos. “Nós fizemos mais de uma vez o serviço que é de competência do poder público. Eles abandonaram este trecho da rodovia. O descaso está total”, declara.

Por conta de algumas obras realizadas em frente a faculdade, os alunos ficaram impedidos de atravessar a via pela passarela, pois a terra interditou a passagem. “Eles tinham que se arriscar e atravessar a BR na pista mesmo. E no escuro é ainda pior, os motoristas não veem os alunos e não reduzem a velocidade”, diz o diretor.

Recurso em caixa 

O orçamento de 2013 da Emdur é de R$ 12,2 milhões. Desse montante, R$ 5,8 milhões são repassados pela Eletrobras – pagamento da taxa de iluminação pública desembolsado pelo cidadão que anda no escuro – o restante é recurso da prefeitura.

(Fonte: Diário da Amazônia)

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