(Foto: Rodrigo Sales)
A Praça Simon Bolívar, localizada na entrada Sul de Boa Vista, na confluência das BRs 401 e 174, fica localizada em ponto estratégico da cidade, onde pessoas que chegam da Guiana ou do Amazonas, via terrestre, são recebidas por mensagem de acolhida em três línguas: português, espanhol e Macuxi.
Por ser arborizada, a praça também serve como ponto de bebedeira e uso de drogas por moradores de rua ou viciados, conforme relatos de quem convive próximo ao local. O local é de movimento intenso, pois fica próximo à rodoviária e divide três bairros: São Vicente, 13 de Setembro e Pricumã.
Um vendedor de autopeças, que trabalha nas redondezas da praça, que preferiu não se identificar, informou que a movimentação começa no entardecer. “A partir das 17h30 eles [desocupados] começam a se reunir aí”, comentou. O proprietário de uma oficina mecânica, também próxima ao local, Elcivam Garcia, afirmou que a situação é preocupante, pois todos os dias é possível ver a bebedeira de vários grupos na praça.
“Um dia desses chegou uma senhora aqui e eu estava conversando com um cliente. Ela me pediu dinheiro para comprar o que comer, mas quando eu vi, ela tinha comprado cachaça para os amigos dela que a estavam esperando na praça”, enfatizou Garcia ao relatar os riscos de acidentes de trânsito que estas pessoas correm ao atravessar a avenida para comprar bebida em um posto de combustível.
AJUDA – A Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes) informou que, para ajudar esta população, em 2013, durante o I Seminário de Políticas Públicas para População em Situação de Rua, foi discutida, com órgãos governamentais e não governamentais, a criação de um comitê para estabelecer ações de mapeamentos e identificação.
Disse ainda, em nota, que a porta de entrada para estas pessoas é o Centro de Referência Estadual em Assistência Social (Creas), a quem compete ofertar o Serviço Especializado em Abordagem Social e, consequentemente, o Serviço para Pessoas em Situação de Rua. Por conta disso, o atendimento deverá ser feito pela equipe de referência do município.
PREFEITURA – A Folha entrou em contato com a Prefeitura de Boa Vista para saber se há ações a serem desenvolvidas para esta população, mas não houve retorno. (Y.G)
