Bernardo Cabral, relator da “Constituição Cidadã”, é homenageado na ALEAM

Manaus – Às vésperas de completar 25 anos de promulgação da Carta Magna de 1988, que colocou fim ao regime militar no Brasil, a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) homenageou nesta quinta-feira (13) o relator da Constituição de 1988, Bernardo Cabral, que a época era deputado federal e depois se tornou senador, com uma Sessão Especial de autoria do deputado estadual Marco Antonio Chico Preto (PSD).

No dia 5 de outubro de 2013 a Constituição Brasileira, definida pelo presidente da Câmara Federal à época, deputado Ulysses Guimarães, de “Constituição Cidadã”, será lembrada pelos brasileiros, que há 25 anos estão vivendo uma nova Constituição, que foi sonhada, pensada, escrita e promulgada para proporcionar aos brasileiros direitos, obrigações e os caminhos a serem percorridos de forma democrática.

Chico Preto disse que nada mais justo do que homenagear e ouvir as reflexões do ex-senador Bernardo Cabral, que foi o titular da relatoria dos trabalhos da Carta Magna, fundamental para decidir o futuro do Brasil. “Para o povo amazonense, em especial, é motivo de orgulho, porque há 25 anos um deputado amazonense se destacava, dentre 513 deputados e mais 81 senadores, e esse amazonense tomou a relatoria desse processo, que se tornou um marco histórico no nosso País”, frisou.

Os trabalhos foram dirigidos pelo presidente em exercício da ALEAM, deputado Belarmino Lins (PMDB), que inclusive concedeu uma medalha de homenagem a Bernardo Cabral, ladeado pelo ex-senador Leopoldo Péres Sobrinho, que representou o governador Omar Aziz (PSD). Belão declarou que a Constituição que teve o aval de Cabral nasceu com o propósito de proporcionar melhor qualidade de vida ao povo brasileiro.

Experiências vividas

Para o ex-senador Bernardo Cabral o maior desafio de ter participado da relatoria da Constituição de 88, o que lhe levou a trabalhar 20 horas diariamente, juntamente com os demais parlamentares, foi o fato de muitas pessoas contrárias ao novo texto dizerem que a Constituição não duraria seis meses, porque levaria o Brasil a ruína. “A resposta está aí”, disse Cabral lembrando um discurso profético de Ulysses Guimarães, em julho de 1988, de que a “Constituição tinha cheiro de amanhã e não de mofo”.

Na opinião de Bernardo Cabral, se não fosse a Constituição de 88 o País não teria caminhado e respirado com ares de democracia e de liberdade. Hoje a vida de Bernardo Cabral, que acabou de completar 80 anos, se resume a dar consultorias. “Não advogo mais e nem dou aula”, afirmou.

Os deputados Vicente Lopes (PMDB), Sinésio Campos (PT) e Arthur Bisneto (PSDB) se manifestaram, ressaltando o trabalho realizado por Cabral, o que muito contribuiu para a história política do Amazonas e do Brasil, e que por certo escreveu seu nome na política deste País. A presidente do Parlamento Jovem, Dálete Cantanhede, também se pronunciou.

A Sessão Especial contou com a presença de personalidades como o representante do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Antonio Júlio Cabral, o representante da Associação Comercial do Amazonas (ACA) Gaitano Antonnacio, o diretor-presidente da Rede Amazônica de Televisão Phelippe Daou, o vereador Hiran Nicolau (PSD), que representou a Câmara Municipal de Manaus (CMM), além de deputados estaduais e outros.

Fonte: Diretoria de Comunicação 

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