Belém: Situação do Baenão é complicada

17-12belemBelém, PA – O quase centenário estádio Evandro Almeida voltou à baila das conversas azulinas esse ano. E o bafafá durou do começo ao final da temporada.

Com tratores derrubando parte das velhas cadeiras e arrancando o velho gramado, havia entre os torcedores a expectativa que a casa do Clube do Remo se tornasse uma moderna arena.

Com vários atrasos nas obras, o Baenão, com novo gramado, só foi liberado para um jogo no Campeonato Paraense – a vitória por 4 a 0 sobre o Independente que deu vaga ao time na final. O clube não voltou a mandar jogos lá no resto do ano e a obra parou.

O assunto “finalização das obras do Baenão” se tornou um dos temas centrais dos debates sobre a eleição do clube. Com a vitória de Minowa, os novos diretores do clube convidaram a imprensa para apresentar a situação atual do estádio e avaliar o que precisa ser feito. E o resultado foi muito pior que o imaginado.

Do lado de fora, alguns dos vidros temperados apresentaram rachadura e precisaram ser trocados. Embaixo das arquibancadas, alguns pilares apresentam situação de desgaste – o que talvez impeça o clube de jogar com a capacidade total do estádio. E na área atrás do tapume a sensação é a pior possível.

As ruínas do início das obras continuam lá intactas e sequer as fundações das novas cadeiras foram construídas.

“Acabamos de receber o clube e estamos ainda avaliando, fazendo planilha de gastos. Mas a expectativa é que os gastos com as novas cadeiras e camarotes sejam de pelo menos dois milhões de reais”, avaliou o novo diretor do estádio Alcebíades Maroja.

O novo dirigente afirma que o clube vem sondando e tentando costurar com parceiras a viabilidade de finalização da obra, mas adianta que um prazo realista para a entrega é apenas para o final de 2015. “Não é obra para três meses”, ele confirma.

SEM OLHAR PRA TRÁS

Sem recurso no caixa, Maroja afirma que o estado em que encontrou o complexo do Baenão foi tão urgente que ele preferiu não correr atrás dos responsáveis pelos problemas e sim partir para as soluções.

“Teremos apenas um mês para preparar o estádio e são muitas coisas pra dar conta. Tenho certeza que as pessoas que fizeram as obras fizeram pensando em fazer o melhor pelo clube e, no momento, não me interessa tanto apontar culpados, mas sim unir forças para colocar a casa em ordem”, afirmou Maroja.

E o mutirão já está se organizando. O próprio presidente Pedro Minowa doou uma geladeira e um fogão para o refeitório azulino. Os dirigentes estão avaliando entre si como podem colaborar para a renovação do inventário de equipamentos do estádio e mesmo os torcedores têm se organizado para ajudar nas obras.

“Entramos em contato com a Sesan para fazer a coleta de entulhos na área do Carrossel e estamos organizando um mutirão com torcedores para organizar a limpeza da área ainda essa semana”, afirmou Ronaldo “Da Trovão”, presidente da torcida organizada Trovão Azul.

PRIORIDADES PARA O BAENÃO

ESTÁDIO – Recuperar o gramado, os vidros temperados e o sistema de iluminação para deixar o campo à disposição do clube para a disputa do Parazão.

CARROSSEL – Proceder a limpeza e organização da área para construir um estacionamento e começar a gerar lucros.

PLANOS PARA ATÉ O FIM DO MANDATO

ESTÁDIO – Finalização e venda das novas cadeiras e camarotes do estádio.

CARROSSEL – Construção de duas arenas de futebol society e de uma praça de alimentação, tornando o espaço rentável
para o clube.

(Diário do Pará)

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