
Belém – A Associação dos Feirantes do Complexo de São Brás promove um café da manhã, a partir das 8h30 de hoje, para comemorar os 102 anos do mercado, um dos símbolos da época áurea do ciclo da borracha na Amazônia.
A obra é da época do intendente Antônio Lemos e foi projetada pelo arquiteto italiano Filinto Santoro. Iniciada um ano antes, a construção foi concluída em 21 de maio de 1911. Comestrutura em ferro, o mercado mistura elementos do art nouveau e neoclássico.
TRABALHADORES
Nos 3.300 metros quadrados do Complexo de São Brás trabalham hoje cerca de 500 pessoas. Além de frutas, verduras, carne, peixe e camarão, também são comercializados artesanato, ervas, artigos de umbanda, vestuário, móveis, sebos e produtos de mercearia.
Tombado pelo patrimônio histórico municipal e estadual em 1982, o prédio sofre com a má conservação.
Deusa Santiago da Silva, que vende refeições no prédio localizado atrás do mercado critica a recente proibição de venda de bebidas alcoólicas, com a qual ela complementava a renda. “Não entendo por que isso, aqui não tem briga, tem aí fora”. Ela conta que passa mais de 12 horas por dia no mercado que “é para meu ganha pão”.
O vice-presidente da associação dos feirantes, Geraldo Lisboa, 71, que trabalha há 50 anos no mercado diz que o local “é uma meia vida pra mim, depois da minha casa”. Ele também reclama de proibições como a de colocar cadeiras na calçada e até do roubo de uma estátua da praça Floriano Peixoto, onde fica o mercado.
(Diário do Pará)