Belém: Insegurança esvazia praças e pontos turísticos

13-12belemBelém, PA – Fim de tarde na cidade das mangueiras. Momento em que muitas pessoas decidem sair de suas casas para dar um bom passeio com as crianças ou para praticar exercícios físicos por lugares, como praças e pontos turísticos da cidade.

Mas tais locais que deveriam proporcionar diversão e segurança, tem sido temido por transeuntes e visitantes.

A Praça da República parece tranquila. Poucas pessoas atravessam por ela para chegar ao outro lado. Mas a tranquilidade da praça pode ser motivada pelo medo que transeuntes tem de passar por ela. “Aqui é muito perigoso, quando eu passo por aqui sempre fico olhando um lado e outro para ver se não vem ninguém suspeito. Aqui tem muitos moradores de rua, a praça já é a moradia deles”, disse a autônoma Midian Silva Coelho. Os moradores de rua a qual se refere Midian, vivem nos coretos da praça, reunidos em bandos.

Nossa equipe de reportagem flagrou dois homens escondidos fumando um cigarro de maconha ainda a luz do dia. Sobre a sensação de insegurança nos pontos turísticos da capital, a Bióloga Flávia Fernandes que é natural de Belo Horizonte, mas já mora em Belém há quase dois anos, contou que levou os pais para um passeio pelo Ver-o-Peso e Complexo Feliz Lusitânia, mas não foi uma tarde muito agradável. “Levei meu pai no ‘veropa’ na hora do almoço e outra vez minha mãe no fim da tarde. Os dois ficaram com medo de serem assaltados.

Ali na praça das Onze Janelas (Praça Dom Frei Caetano), minha mãe ficou com muito medo de ficar e até pegamos um táxi para voltar para casa. Isso foi no começo da tarde, todas as vezes que fiquei apreensiva ainda era dia”, contou. A artesã Vanessa Monteiro também passou pela grande sensação de insegurança. Ela queria levar amigos e familiares ao Complexo do Ver-o-Rio e ao Portal da Amazônia, onde apenas constatou a mesma situação. “Onde me senti mais insegura foi no Portal e Ver-o-Rio, quando levei parentes de Macapá e São Paulo e um amigo de Manaus.

A sensação que tive foi de insegurança e vergonha, pois falei para eles que ia leva-los para conhecer um lugar lindo e chagando lá nem pudemos passar muito tempo, muito menos bater fotos”, afirmou. “Logo na chegada já vimos um monte de ‘malacos’ nas bikes só rondando. Fiquei morrendo de vergonha e tive que pedir para eles guardarem o celular.

Até tinham dois guardas municipais, mas eles andam apenas onde ficam os bares, lá para baixo onde tem a ponte, dificilmente andam. Ali na entrada também é muito perigoso, não tinha sinal de viatura, ficamos com medo e viemos embora e isso era cedo, umas 19h, 20h.”, explicou.Mas quando a artesã decide passear apenas com a família ela toma alguns cuidados. “Quando saímos para esses lugares aí vamos sem nada e sempre procuramos ficar perto de onde tem policiais.

Quando vamos com alguém de fora, eles querem olhar tudo, conhecer ponta a ponta, tirar foto e isso acaba chamando a atenção”, disse Vanessa.Por telefone, a assessoria da Guarda Municipal de Belém (GMB) informou que 40 homens fazem a segurança na área do Ver-o-Peso; 30 homens no Portal da Amazônia; 20 homens na Praça da República e 15 no Ver-o-Rio, todos em sistema de revezamento. Ainda de acordo com as informações, as localidades citadas na matéria contam com postos fixos e apoio de ronda volante, além de trabalhar em conjunto com a Polícia Militar.

(Diário do Pará)

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