Bancários entrarão em greve no dia 19 em todo o território nacional

(Amazonianarede – Correio do Brasil)

Os bancários rejeitaram na noite de quinta-feira a oferta de reajuste salarial de 6,1% apresentada pelos bancos e decidiram entrar em greve nacional por tempo indeterminado a partir do próximo dia 19, informou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

Em comunicado à imprensa, a entidade filiada à CUT, informou que os 6,1% de reajuste apenas recompõem a inflação medida pelo INPC. A categoria cobra reajuste salarial de 11,93%, que inclui 5% de aumento real.

Além do reajuste, os trabalhadores querem Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15. Enquanto isso, as instituições financeiras, representadas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), propuseram 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.634.

“Nós advertimos os bancos na mesa de negociações que essa proposta era uma provocação. Um setor em que somente as seis maiores empresas tiveram lucro líquido de 29,6 bilhões de reais no primeiro semestre (…) acenar com uma proposta desse tipo é para empurrar os bancários para a greve”, disse no comunicado Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Início da greve

A decisão, tomada em assembleia na noite na noite passada, foi clara resposta aos banqueiros de que a categoria não encerrará a Campanha 2013 se não houver aumento real, PLR maior e valorização do piso e vales, além de soluções para questões de saúde e condições de trabalho. A deliberação segue calendário de mobilização orientado pelo Comando Nacional dos Bancários, definido após os negociadores dos bancos apontarem o índice de 6,1% – sem aumento real – como contraproposta definitiva às reivindicações dos empregados.

“Os bancários de São Paulo entendem a importância da unidade e irão à luta ao lado de trabalhadores de todo o país. Não podemos sair da campanha sem melhorias nas condições de trabalho e sem aumento real nos salários e valorização do piso, da PLR e dos vales”, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira. “Se as pessoas estão indignadas com as metas diárias e abusivas, com o adoecimento de diversos colegas nos locais de trabalho, esse é o momento de dar um basta nessa situação. Vamos construir uma forte greve e mostrar aos banqueiros que merecemos muito mais do que eles propuseram”, acrescenta.

Na quarta-feira 18 haverá nova assembleia na Quadra (Rua Tabatinguera, 192, Sé) para que os trabalhadores possam organizar o início da mobilização nas agências e concentrações de São Paulo, Osasco e região.

BB e Caixa – As direções dos bancos públicos não apresentaram proposta às reivindicações específicas e os funcionários dessas instituições públicas também votaram na assembleia pela paralisação a partir do dia 19 para arrancar conquistas com a categoria.

Dentro da lei – O Sindicato está tomando todas as medidas para que a paralisação da categoria não seja considerada ilegal e os bancos possam tentar impedi-la judicialmente. Portanto, os trabalhadores já devem comunicar a população sobre a greve.

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