Balbina deve produzir até 22 mil toneladas de pescado

Balbina, em Presidente Figueriedo, preparada para uma grande produção de pescado

Amazonas – O Distrito de Balbina, em Presidente Figueiredo, vai receber investimentos na área da piscicultura que devem gerar mais de 900 empregos diretos. O setor será impulsionado por meio de parceira entre o Governo Federal, através da Secretaria Nacional de Aquicultura e Pesca, da Prefeitura Municipal e do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Produção Rural (Sepror).

Nesta segunda-feira, 3, o secretário Nacional de Aquicultura e Pesca, Deyvson Frankilin, participou de uma audiência pública realizada no Distrito de Balbina onde confirmou os investimentos para a área de piscicultura na região.

Aproximadamente 200 piscicultores participaram da audiência que contou com a presença do secretário de Produção Rural, Hamilton Casara, dos deputados federal, Silas Câmara, e estadual, Dermilson Chagas, do prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, de lideranças e associações ligadas ao setor pesqueiro no município.

De acordo com Franklin, o Governo Federal já sinalizou positivamente para o projeto de instalação de tanques-rede e tanque escavados no Distrito. A estimativa inicial é que sejam instalados aproximadamente 600 tanques-redes para a produção de até 22 mil toneladas de pescado anual, podendo dobrar a capacidade de produção do Estado.

O tambaqui, até o momento, é a espécie com padrões tecnológicos mais determinados e com mais garantias para a criação em tanque-rede.

“O boi do século 21 é o peixe. Já temos a sinalização do Governo para que esse projeto no Amazonas aconteça. Estou aqui hoje para dizer que está autorizado todo o suporte técnico do Governo para que esse projeto se torne realidade. Um lago como esse e com esse potencial tem tudo para se tornar modelo nacional”, destacou.

Processos licitatórios

Já nas próximas semanas, segundo o secretário de Pesca, serão iniciados os processos licitatórios para a aquisição dos tanques-redes. Em outra mão, as instituições participantes do projeto iniciam os trabalhos para o licenciamento ambiental, busca de apoio técnico para treinamento e capacitação dos piscicultores e as tratativas de autorização junto à hidrelétrica.

“Nossa meta é tornar essa comunidade modelo para o Amazonas e para o país. Vamos organizar a casa, buscar parcerias para a capacitação de todos, colocar nossos técnicos em campo e trazer geração de emprego e renda para vocês”, ressaltou.

De acordo com o coordenador Nacional de Planejamento e Ordenamento de Aquicultura, Jackson Luiz da Cruz, a cada  um hectare será possível a instalação de até 60 tanques-redes. “Nesse espaço é possível que de oito a dez famílias atuem. Teremos uma geração direta de aproximadamente 900 empregos. Estamos aqui para formatar um projeto que atenda às necessidades do produtor que melhor do que a gente conhece as peculiaridades da região”, pontuou.

Termo de Cooperação

 Um Termo de Cooperação Técnica será assinado entre a Sepror e a Secretaria Nacional e Aquicultura e Pesca ainda este mês para a transferência de recursos e tecnologia, por meio do Centro de Tecnologia, Pesquisa e Conservação de Recursos Pesqueiros em Balbina.

Atualmente a Estação de Piscicultura de Balbina – que está sendo transformada em um Centro com identidade gestora – já é considerada uma das maiores produtoras de alevinos do Brasil. De lá saem alevinos e pós-larva para todo o Estado.

Nova Matriz Econômica Ambiental

 A unidade já é um importante centro de tecnologia, treinamento e pesquisa em reprodução de peixe. “A transformação  da estação em um Centro vai garantir a genética e a sanidade das espécies que serão trabalhadas pelos piscicultores.

A nova Matriz proposta pelo Governo do Amazonas vem ao encontro desse projeto que vai desenvolver a piscicultura na nossa região. Por isso o Governo esta investindo nesse projeto da Matriz para impulsionar a economia local e trabalhar as potencialidades dos nossos municípios”, comentou.

Na estação são feitos todos os procedimentos para a reprodução de peixe em cativeiro. Nas incubadoras, uma espécie de berçário de alevinos, os ovos são fecundados para virarem larvas e pós-larvas, até transformarem-se nos filhotes e serem transferidos para tanques onde atingirão o tamanho necessário a serem entregues aos  produtores.

Laboratórios de pesquisas

 A Estação também é dotada de laboratórios de pesquisas usadas para a análise de certificação – todo lote que sai da estação passa pelo processo de certificação para garantir a qualidade do alevino. As estatísticas internas comprovam alto grau de produtividade com perda de apenas 5% dos alevinos, ou seja, 95% conseguem atingir o ponto de comercialização.

Para o prefeito de Presidente Figueiredo, Romeiro Mendonça, o Distrito pode ser o maior produtor de tambaqui do Estado. “Mercado nós temos. Ao nosso lado está a cidade de Manaus, maior centro consumidor de pescado do Estado. Se pensarmos alto, se fizermos os investimentos certos e trabalharmos as parcerias para garantir não apenas recursos mais capacitação para os produtores, poderemos até pensar em exportar o pescado”, destacou.

Amazonianarede

 

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