Balão poderá levar internet à área rural do Estado

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O  balão poderá ser facilmente instalado ser instalado em qualquer lugar (foto Josinado Modesto)

Amazonas  – Um balão de gás ancorado – conhecido como aeróstato –  pode ser uma alternativa competitiva para o problema de falta de internet em comunidades rurais da Amazônia.

O projeto Aeróstato Remoto de Telecomunicação e Sensoriamento (Artes), foi idealizado como uma plataforma multiuso por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e apresentou resultados positivos quando testados na Reserva Mamirauá, em Tefé .

Além de prover serviços de comunicação e internet, foi também construído para monitoramento ambiental e de biodiversidade, embarcando ou conectando sensores e câmeras.

Durante os testes feitos na reserva, o equipamento alcançou 150 metros de altura e garantiu a redistribuição de sinal de internet para uma área de cerca de 400 metros de diâmetro no solo.

De acordo com o professor do IComp/Ufam, José Reginaldo Carvalho, coordenador do projeto, o sucesso do protótipo é uma consequência da correta sobreposição de competências. “Todos os envolvidos estavam comprometidos com os resultados e cientes de sua responsabilidade”, conta.

 

Grupo realizou testes em equipamentos em reserva do Amazonas (Foto: Arquivo Pessoal/ Antônio Martinelli)

Equipamento nômade
O Artes é uma classe de equipamento denominada de semimóvel ou nômade. Ou seja, não é fixa como uma torre, mas também não é um drone.

 

Os pesquisadores, realzam com sucesso, os primeiros testes
Os pesquisadores, realizam com sucesso, os primeiros testes(foto Antônio Martinelli)

O usuário desloca o equipamento, iça, utiliza e, se necessário, desloca para outro local. Fácil de içar e com baixa intrusão na floresta, o Artes pode suportar rajadas de até 120km/h, constituindo-se em um equipamento muito flexível.

“O modelo é um intenso apoio para prover conexão e facilidade de acesso à comunicação, via internet ou telefonia, para as unidades itinerantes do instituto, em locais onde não existe conexão disponível. Então, para todos esses grupos que vão a esses pontos remotos em comunidades ribeirinhas ou realizando ações dentro da floresta, o modelo pode ser um ponto de apoio”, afirma o coordenador de Tecnologia da Informação do Instituto Mamirauá, Francisco Freitas Júnior.

Com os bons resultados da fase de testes, os pesquisadores buscam empresas interessadas no Artes. “O projeto tem potencial concreto de beneficiar comunidades rurais e ribeirinhas e a comunidade  científica interessada na conservação da Amazônia.

O Instituto Mamirauá desenvolve dezenas de projetos de conservação e de desenvolvimento sustentável e já estamos pensando nos próximos passos. Além disso, temos contatado outros órgãos que naturalmente teriam interesse no equipamento. E claro, estamos captando recursos para estas próximas ações”, explica Reginaldo.

O projeto foi coordenado pelo Instituto de Computação da Ufam (IComp/Ufam) e desenvolvido em parceira com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam). A pesquisa teve também o apoio da Omega AeroSystems e da Divisão de Robótica e Visão Computacional do CTI Renato Archer.

Amanianarede-Rede Amazonica

 

 

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