Manaus, AM – Funcionários da construção civil interditaram a Av. Mário Ypiranga, na Zona Centro-Sul de Manaus, no início da manhã desta terça-feira (22). O grupo protesta por 10% de reajuste salarial. O ato ocorreu por volta de 7h30 e encerrou cerca de uma hora depois.
A categoria reivindica por aumento salarial. Eles denunciam a falta de diálogo, dificuldade nas negociações com o sindicato pratronal e congelamento de salário. Para chamar atenção das autoridades, aproximadamente 200 trabalhadores da construção civil interromperam o tráfego na via.
“Essa indiferença das empresas, em melhorar as condições salariais e de trabalho dos seus colaboradores, contraditoriamente, acontece num momento de retomada do crescimento dos negócios no segmento da construção civil, no Amazonas”, destacou o presidente da Sintracomec, Cícero Custódio.
Ele apontou ainda que a data base foi estabelecida em 1º de julho. Entretanto, não houve negociação e o pedido de reajuste de 10% de aumento real não foi aceito pelo sindicato patronal.
Desta forma, o sindicato dos trabalhadores entrou com o pedido de dissídio coletivo, junto à Justiça do Trabalho, para preservar a data base da categoria.
Segundo o Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito de Manaus (Manaustrans), o ato gerou congestionamento na avenida e em outras vias da capital. Equipes da Polícia Militar foram deslocadas para a área.
Por meio de nota, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas (SINDUSCON-AM) informou que “já repassou aos trabalhadores a reposição integral de 2,55% das perdas inflacionárias referentes ao período de julho de 2016 a junho de 2017 – deixando que a revisão de cláusulas negociadas seja feita em outro momento econômico”.
A nota aponta ainda que a Sintracomec impõe a contratação de serviços em prejuízo da própria categoria, como o auxílio funeral. Isto incidirá em desconto no salário de todos os trabalhadores, sendo que esse benefício já está incluído no seguro de vida.
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