Área Indígena: GGI estuda medidas para reforçar a segurança

Boa Vista – O uso excessivo de bebida alcoólica e de consumo de drogas, que tem potencializado a prática de crimes diversos na comunidade do Contão, localizada na Terra Indígena de São Marcos, na Raposa Serra do Sol, foi o que motivou o vice-prefeito de Pacaraima e tuxaua da comunidade, Jonas Marcolino a procurar a Câmara Temática de Fronteira do Gabinete de Gestão Integrada (GGI) e pedir ações preventivas e repressivas na localidade.

O assunto foi discutido na manhã desta terça-feira, 28, na Sala de Reuniões da Secretaria de Segurança Pública de Roraima, com a presença do vice-prefeito, do secretário de Segurança Pública, Francisco Sá Cavalcante, do subcomandante da Polícia Militar, coronel Waney Vieira, do diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (DPJI), Wesley Costa, oficiais da Polícia Militar e delegados da Polícia Civil.

Por ser uma das maiores comunidades indígenas de Roraima, segundo Jonas Marcolino, a Comunidade do Contão recebe um fluxo muito grande pessoas que vem de Normandia e Uiramutã.

“Passa muita droga e entra muita bebida alcoólica na região. A gente sabe que droga nenhuma contribui para o fortalecimento, para a organização, para o crescimento, para o estudo dos jovens. Muito pelo contrário, tem marginalizado toda uma sociedade. Diante disso a gente está tomando algumas providências, contatando com essas instituições, para que marquem presença na região e nos ofereçam segurança e nos ajudem na organização e na prevenção para livrar esses jovens e para construir aquela comunidade melhor”, disse Marcolino.

O subcomandante da Polícia Militar disse que o Sistema de Segurança está em tratativas com a comunidade e com os órgãos federais para definir de que forma o Estado poderá atender as comunidades indígenas que estão dentro da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol.

“No momento da criação da Reserva, houve uma determinação para que os destacamentos da Polícia Militar fossem retirados daquela localidade. Agora eles estão se sentindo inseguros e estão solicitando que nós estejamos realizando ações preventivas e repressivas a fim de atender melhor a comunidade e dar uma sensação de segurança maior para as pessoas que vivem naquela comunidade”, disse Waney Vieira.

O subcomandante disse que por conta desse entrave, vai ser realizada outra reunião, no dia 07 de junho, em que devem participar a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai), Ministério Público Estadual e Ministério Público Federal (MPF).

“Essa reunião é para que possamos de comum acordo tratar da questão e tomarmos uma decisão sobre de que forma o Estado, por meio do GGI vai agir para minimizar o problema naquela região”, disse.

O secretário de Segurança Pública, Francisco Sá Cavalcante, não descarta a possibilidade de ações conjuntas, preventivas e repressivas na comunidade para coibir a criminalidade na região.

“Na verdade a reunião hoje é uma demanda do vice-prefeito. A preocupação dele é com o consumo de bebida alcoólica, de drogas, furto de moto e venda de moto roubada na região. Acreditamos que a partir dessa demanda terá operações policiais na área para darmos mais proteção àquela comunidade indígena que é significativa”, disse.

(Boa Vista Agora) 

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