Após cheia, Centro de Porto Velho recebe mutirão de limpeza

01-07centroCom três tatuzões, cinco caçambas, três caminhões pipas, três retroescavadeiras, uma mini pá-carregadeira e aproximadamente 30 funcionários, a Secretaria Municipal de Serviços Básicos (Semusb) iniciou na manhã de ontem o processo de limpeza e desobstrução dos bueiros na rua Rogério Weber no bairro Cai n’água, região afetada pela enchente histórica do rio Madeira que atingiu a marca histórica de 19,74 metros, segundo a medição realizada pela Agência Nacional de Águas (ANA).
De acordo com o secretário da Semusb, Ricardo Fávaro, o ponto principal da ação é a recuperação da rede de drenagem. “Toda a drenagem ficou 100% soterrada por toda aquele lama e areia conduzida pelo rio. A rede de coleta de águas desse local é muito profunda, aproximadamente 4 metros. Esse trabalho já deveria ter começado, mas como aqui próximo tem um córrego que até pouco tempo estava acima do nível normal demoramos um pouco mais para dar início a essa limpeza”, esclarece Fávaro garantindo que a limpeza deve ser concluída no decorrer dessa semana. “Por conta do novo maquinário adquirido pela prefeitura a limpeza será concluída em um tempo hábil. Sem esse equipamento de última geração seria impossível realizar esse processo. Esse maquinário tem um sistema diferenciado, ele entra com uma mangueira de alta pressão que consegue destruir toda aquela matéria que está dentro das manilhas e uma outra mangueira que entra junto vai puxando. Sem esse suporte, todo esse trabalho teria que ser feito de forma manual, o que levaria mais tempo e com um custo elevado, já que teríamos que quebrar toda a drenagem para poder limpar e depois reconstruir”, explica o secretário da Semusb.

Serviços animam população

Com visíveis problemas respiratórios, além de um resfriado há mais de uma semana, o comerciante João Neves comemora a limpeza da rua empoeirada. “Essa mistura de sujeira com lama e poeira acaba com a saúde de qualquer pessoa. Agora a situação vai ficar melhor, com a rua limpa tudo melhora, a saúde, o bem estar, a disposição e principalmente as vendas”, diz Neves.

Para a comerciante, Cíntia Catirica – que teve sua lanchonete completamente destruída pela enchente – a limpeza do ambiente é o ponto de partida que faltava para alavancar novamente o movimento do seu estabelecimento. “Ficamos mais de quatro meses no prejuízo. Agora com a vazante do rio, aos poucos nossa vida vai voltando ao normal. Lavamos nossa lanchonete e pintamos, só que com a rua suja os clientes têm receio de comprar alguma coisa”, finaliza Catirica.

Shopping Popular aguarda reforma

Segundo o secretário da Semusb, Ricardo Fávaro, o Shopping Popular localizado na rua Rogério Weber não entra no serviço de limpeza realizado pela Secretaria Municipal de Serviços Básicos, uma vez que o mesmo é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo (Semdestur). “O Shopping Popular não será contemplado com a limpeza realizada nessa semana. A Semdestur já está com um processo aberto para a reforma e recuperação do local que deve ter início o mais breve possível”, expõe.

O processo de recuperação do Shopping Popular é parte do Plano de Reconstrução do Município, conhecido popularmente como Plano Pós-Cheia, onde todas as secretarias estão contribuindo de alguma maneira. Duas vezes na semana, o grupo se reúne para debater e projetar as próximas ações do Plano. Essa etapa é exigida pelo Ministério da Integração para o repasse de recursos a serem investidos na cidade, tanto com medidas de reconstrução quanto preventivas.

De acordo com o secretário da Sempla, Jorge Elarrat, é preciso georreferenciar todos os pedidos e responder a um questionário padrão, e somente após a apresentação de tais informações, é que o Ministério avalia especificamente caso a caso, para o envio do recurso. “Hoje, por exemplo, estamos trabalhando junto a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Socioeconômico e Turismo, a Semdestur, os pleitos da pasta, que compreende o Shopping Popular, Mercado do Peixe e Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A cada detalhamento concluído enviamos a Brasília, para que apontadas as demandas, o ministério envie o valor para elaboração de um projeto e baseado nele, repasse o recurso para que finalmente seja investido conforme os pedidos”, explicou Elarrat.

Por: Laila Moraes – Fotos: Divulgação/Diário da Amazônia

 

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