Amazonas – O governador-eleito Amazonino Mendes (PDT) falou da posse e da difícil tarefa de escolher o secretariado. Segundo ele, os dados que recebeu da equipe de transição são preocupantes, mas ainda não pode adiantar nada, já que o trabalho ainda não terminou.
O governador-eleito afirmou que, apesar dos últimos acontecimentos, espera uma relação cordial com a Assembleia Legislativa do Estado.
“Ninguém pode confundir três ou quatro deputados com 24. A relação será institucional, republicana, como deve ser, digna e correta, num governo que se propões, inclusive, a fazer uma reconstrução!”
Foram aproximadamente 25 minutos de entrevista, em que Amazonino destacou pelo menos dois assuntos que devem ganhar repercussão nos próximos dias.
O primeiro, sobre o “puxão de orelha” da base aliada, avisando que não vai aceitar ingerência na escolha do secretariado. A segunda, sobre possível redução no quadro do governo e fez uma comparação com a época em que foi governador, quando havia apenas 14 secretarias e hoje, segundo ele, já seriam 68.
“Eu deixei o Estado com 14 ou 15 secretarias, não tinha terceirização e tudo funcionava. Hpje, tem 68, tem terceirização e nada funciona!”
Falando sobre a composição do secretariado, o governador-eleito foi duro, inclusive com os aliados. “Pra conseguir nomes e consagrar esses nomes, eu preciso fazer um crivo enorme, porque a indicação não é política. Nenhum grupo político, nenhum parceiro político, nenhuma organização política chegará ao Amazonino pra dizer ‘eu quero a secretaria tal!’. Eu entendo que não se fatia governo, que não se faz de um governo uma ‘colcha de retalhos’. Eu tenho a responsabilidade – o povo me deu uma responsabilidade – a da reconstrução! Então, eu serei o responsável se o meu governo falhar ou não! Partindo desse pressuposto, é claro que os meus assessores, os meus secretários todos decorrerão exclusivamente de uma única fonte, chamada Amazonino Mendes!”
Amazonino adotou a postura de não gravar entrevistas individuais após as coletivas. Ele tem chegado no horário em seus compromissos com a imprensa.
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