Amazônia poderá ser unida ao Pacífico pelo projeto Manta-Manaus

Thomaz Nogueira

Thomaz Nogueira

Amazonianarede – Suframa

Manaus – A Superintendência da Zona Franca de Manaus ( SUFRAMA) está interessada em estreitar relações comerciais com o Equador, segundo anunciou o superintendente Tomas Nogueira essa estratégia já está sendo montada.

A SUFRAMA já organiza uma missão institucional àquele país com o objetivo de estreitar essa relação e discutir viabilidades para a utilização do corredor logístico multimodal entre Manta e Manaus, fato que poderá gerar muitos benefícios para o Amazonas.

O PROJETO

Nogueira explicou que o projeto começa em Manta, no Equador e, passando pela Colômbia, chega ao Brasil, via Tabatinga. O eixo será um corredor que funcionará via fluvial, terrestre e aérea, no caso das mercadorias que vão para a Ásia. A viagem deve acontecer no primeiro trimestre de 2013.

Nesta semana o superintendente recebeu o diretor de Comércio Exterior do Equador, Juan Pablo Peñaherrera, representantes do escritório comercial do Equador no Brasil e empresários equatorianos da área metalúrgica. Queremos exportar mais para o Brasil e este corredor poderá trazer ganhos logísticos para o Polo Industrial de Manaus”, afirmou o diretor comercial do Equador no Brasil, Daniel Carofilis.

Manta é o porto da América Latina mais próximo da Ásia. O projeto do corredor funciona da seguinte forma: a mercadoria é transportada por balsa da Ásia até Manta, depois via rodoviária até Providência (ainda no Equador), seguindo novamente em balsas até Letícia, na Colômbia, de onde parte para o Amazonas via Tabatinga. Segundo levantamento do projeto equatoriano, a rota da Ásia à Manaus pelo Canal do Panamá – que é utilizada atualmente – dura de 41 a 60 dias, ao custo de US$ 5,7 mil dólares por contêiner, enquanto a rota via Manta tem duração de 31 a 35 dias, ao custo de US$ 5,06 mil dólares por contêiner.

INVESTIMENTO EM MANAUS

De acordo com Carofilis, o governo equatoriano vai investir US$ 130 milhões no porto de Manta para ampliar a capacidade de recebimento de carga, tanto na infraestrutura quanto na alfândega, que atualmente é de apenas mil contêineres/mês.

O projeto total de ampliação do porto está orçado em aproximadamente US$ 500 milhões. “Gostaríamos que a Suframa, junto da Transportes Bertolini, que é referência em logística na região, liderassem uma missão ao Equador, para discutirmos alternativas para estreitar a relação comercial dos países por meio desta rota”, afirmou Peñaherrera.

O superintendente da Suframa informou que colocou equipe técnica à disposição para afinar os detalhes para viabilizar a missão. “De antemão, já informo que temos a intenção de comprar.

Acredito que podemos articular esta missão junto à Federação das Indústrias (Fieam) e Associação Comercial do Amazonas (ACA) para estabelecermos nossas possibilidades comerciais, que têm tudo para gerar bons resultados para os dois países”, observou Nogueira.

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