(Foto: Extra Amapá)
O rio Cassiporé está contaminado como resultado da intensa atividade garimpeira ilegal realizada no local. O rio passa em Oiapoque (a 560 quilômetros de distância de Macapá) e a constatação da contaminação é a partir de um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no Amapá.
A pesquisa levantou dados sobre geologia, cobertura vegetal, fauna, ocupação dos solos e recursos hídricos nas comunidades rurais dos municípios de Calçoene (349 quilômetros) e Oiapoque, ambos na área do módulo 4 da Floresta Estadual do Amapá.
As terras encontram-se na área de fronteira entre Amapá e Guiana Francesa e compõem, junto com o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, quase 46% de áreas protegidas do Amapá. O estudo da Embrapa do Amapá apontou aumento de desmatamento na região. Até 2004, a média de desmatamento era de 0,03% ao ano. O levantamento entre 2004 e 2008 indicou 11% de floresta destruída.
A pesquisadora da Embrapa no Amapá, Eleneide Doff Sotta, justifica a subida do índice com as atividades econômicas que a população local usa para sobreviver: garimpo, agricultura e pecuária. Uma das soluções, segundo Eleneide, é encontrar atividades que garantam qualidade de vida para as comunidades e que compensem a degradação ambiental.
Os dados foram apresentados pela equipe técnica responsável pela pesquisa durante reunião nesta quinta-feira (29), no auditório da Embrapa. Durante três anos, a equipe composta por especialistas de várias instituições parceiras, estudaram os serviços ambientais para o desenvolvimento sustentável local e regional. O principal objetivo é discutir como os dados obtidos na pesquisa serão usados para apoiar projetos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (Redd) no Estado.