Brasilia – O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, pediu demissão do cargo nesta quarta-feira (27/12). O pedido foi aceito pelo presidente Michel Temer. Em carta endereçada a Temer, Nogueira afirma que decidiu deixar o cargo porque será candidato nas eleições de 2018.
Ele reassumirá seu mandato de deputado federal, do qual se licenciou para assumir o ministério. A exoneração deve ser publicada até sexta-feira no Diário Oficial.
Assessores de Temer afirmam que já está acordada a troca da chefia da pasta entre correligionários do PTB: de Nogueira para o deputado federal Pedro Fernandes (MA).
Fora da agenda oficial, o presidente da sigla, Roberto Jefferson (RJ), esteve no Planalto com Michel Temer, o demissionário e o deputado Jovair Arantes (GO). Depois que o encontro terminou, Temer foi para o Palácio do Jaburu e a agenda foi atualizada.
A saída de Nogueira ocorre horas após a divulgação de que o país fechou, em novembro, 12 mil postos de trabalho, após sete meses com o mercado formal criando empregos. O resultado foi o primeiro divulgado após reforma trabalhista entrar em vigor, no dia 11 de novembro.
Novo ministro
Jovair Arantes, líder do PTB, afirmou que Pedro Fernandes já aceitou substituir Nogueira e disse até que a posse de Fernandes será no próximo dia 4, no Palácio do Planalto. Arantes declarou ainda que Nogueira gostaria de deixar a pasta em outubro, mas a sigla teria feito um “apelo” para que ele continuasse.
A saída de Ronaldo Nogueira — que vai pedir votos no ano que vem, ao contrário de Pedro Fernandes — será um “alento” para a família do demissionário, de acordo com Jovair.
— São quase dois anos trabalhando sem parar. A saída seria em outubro, mas fizemos um apelo. Vai ser um alento para ele e para a família dele — declarou o líder, que negou que o pedido de demissão tenha relação com os números negativos da criação de empregos.
Na carta enviada a Temer, Ronaldo Nogueira disse que saí com “sentimento de dever cumprido” e fez um balanço de sua gestão no cargo, ressaltando a aprovação da reforma trabalhista e a liberação do saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
“Como resultado de tudo isso, vemos a ampla retomada da empregabilidade, a maior de todas as preocupações desse governo que até a data de hoje tive a honra de participar”, escreveu.
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