Rio Branco – Outubro passou e em mais um mês o Acre teve uma contribuição pequena para o desmatamento na região amazônica. De acordo com os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), toda a região da Amazônia Legal contabilizou uma área de 487 quilômetros quadrados (Km²) de desmatamento. O Acre foi responsável por apenas 2,5% deste valor regional, o que contabiliza em torno de 12,15 Km² de terras desmatadas no Estado, durante o mês passado.
Enquanto a participação acreana se limita a 2,5%, o Amazonas tem uma representatividade no desmatamento da região de 17% (82,8 Km²); Rondônia tem 12% (58,4 Km²); Mato Grosso tem 30% (146,1 Km²) e o ‘grande desmatador’, o Pará (como sempre), tem 36% (175,3 Km²). Tocantins, com 1,5% (7,3Km²), e Roraima, com 1% (4,9 Km²), são os dois outros estados da região que seguem a linha do Acre de contribuintes ínfimos no desmatamento regional.
Apesar de serem agosto e setembro os meses do auge de queimadas na região, com este número expressivo de áreas depredadas, outubro registrou um aumento de 377% em relação ao mesmo mês em 2011, a nível nacional. Em outubro de 2011, o Imazon detectou um desmate de 102 Km² em áreas. Vale destacar que, em virtude da cobertura de nuvens, o instituto não governamental sediado no Pará conseguiu monitorar 83% do território regional. No mesmo mês do ano passado, a entidade conseguiu monitorar apenas 51%, por causa de uma ‘cortina de fumaça’.
No acumulado dos últimos 3 meses, de agosto de 2012 a outubro de 2012, o SAD contabilizou 1.151,6 Km² desmatados na Amazônia. Este total é 2 vezes maior do que no mesmo período de 2011, quando os desmates entre agosto a outubro somaram 511 Km² (125% a menos).
Já quanto à degradação das florestas da Amazônia Legal (áreas de matas que são intensamente exploradas por atividades da ação humana), o Imazon identificou 266,5 km² em outubro. As unidades de conservação do Acre, do Tocantins, do Amazonas e, principalmente, do Pará e de Rondônia foram responsáveis por 12% deste total (32 Km²). Os demais percentuais de áreas florestais degradadas vieram de propriedades privadas, com 62% (165 Km²); de assentamentos de reforma agrária, com 23% (61,3Km²); em terras indígenas, com 3% (8,2 Km²).
Já em gás carbônico jogado na atmosfera, com os 487 Km² a região teve 26 milhões de toneladas do referido gás (o CO2) comprometido. Com seus 12,15 Km² desmatados, o Acre comprometeu apenas 648.665 de toneladas de gás carbônico.
Os dados do Imazon sobre o desmatamento regional foram divulgados na quarta-feira, dia 14.