Rio Branco, AC – O período de seca na região amazônica, que começou em junho e termina em outubro, diminui o nível dos mananciais e preocupa principalmente as comunidades ribeirinhas.
No Acre, a estiagem severa dificulta o acesso de muitas famílias que moram em áreas distantes da cidade, como os agricultores, que utilizam o Rio Acre como corredor para escoar a produção de frutas, verduras, grãos e outras mercadorias para os mercados municipais e feiras livres.
“A situação de quem precisa do rio para se deslocar é bastante difícil. Gastamos quase 12 horas de subida para chegar aqui em Rio Branco. Vim para tratamento de saúde. Também trouxemos algumas mercadorias para vender no mercado e poder pagar pelo menos o combustível da viagem”, desabafou a produtora rural Francisca Adalgisa de Moura, 67 anos, que veio da colônia São Francisco, localizada no Projeto Moreno Maia.
“Não podemos trazer muita coisa porque o barco poderia ficar encalhado, e, se isso acontece, podemos demorar até dois dias para chegar aqui. Onde moramos é complicado porque se existisse um ramal seria melhor para o escoamento da nossa produção e para outras necessidades”.
Nível do Rio Acre preocupa autoridades
Mesmo subindo alguns centímetros em decorrências das fortes chuvas que caem neste mês, devido à alta temperatura, o baixo nível do Rio Acre deixa em alerta os órgãos responsáveis pelo monitoramento do manancial, como a Defesa Civil estadual e municipal. Na última quarta-feira, 10, o rio subiu 29 centímetros e registrou 2,38 metros. Na medição de ontem, alcançou 2,67 metros.
Fonte: Página20. net